terça-feira, 16 de outubro de 2012

Bat Masterson - Cantada por Carlos Gonzaga.

Testando o envio de músicas ao Blog.

Vejam o Blind Kid montado em seu cavalo

Esta postagem é um teste de envio de imagem.

Blind Kid, o herói do agreste

Blind Kid, o herói do agreste

Mais valente que Pepe Legal... mais charmoso que Lucky Luke... mais
temido que Kactus Kid... mais rápido que o Xerife Ricochete... mais
inteligente que Rin Tin Tin... e mais cego que uma toupeira!

- - -

Capítulo I


Narrador - Desta vez, Blind Kid viverá uma das suas aventuras mais
eletrizantes, emocionantes, empolgantes e maravilhosas que já narrei
em minha vida de narrador de folhetins deste famoso autor!
Esta esplêndida novela dignifica a literatura universal!
Vocês nunca ouvirão ou leram algo similar... não é a primeira nem será
a última novela deste autor, mas ninguém jamais fará melhor... a
não ser, como ele mesmo diz, aquele pseudo crítico literário medíocre
que vive aqui em Vox City ( Isso eu gostaria de ver - Rê rê rê!).

Autor - Ô seu narradorzinho de meia tigela... menos, menos!
Tá parecendo um puxa-saco sem-vergonha que conheço!
Deixa a vida dos outros pra lá, ô abestado!

Narrador - Calma, Chefinho... só tô garantindo o leite das crianças!

Autor - Se quer garantir o leite daqueles remelentos, trate de narrar
a novela. Você não é pago para ficar me elogiando... deixe que os
ouvintes façam isso!

Narrador - (Ouvinte elogiar esse folhetim? - Rê rê rê) Tá bem, tá bem,
Chefinho! Como eu dizia...

Ouvinte - Nem bem começou a novela e vocês já estão estragando minha
concentração. Assim não ouvirei mais porcaria nenhuma!

Autor - Calma, ouvintezinho! Você é a razão desta novela existir!
Sem você eu não terei o que fazer... um colega aí, muito bem
aposentado, Já disse que sou "vagabundo"! Quer piorar minha reputação?
Não faça isso, meu ouvinte predileto (e único)... já tem gente por
aqui cuidando disso!

Narrador - E eu perderei o emprego, amigo ouvinte!
Lembre-se que sou pai de seis inchadinhos!

Ouvinte - Então parem com essa discussão e você trate de narrar essa
porcaria de novela de uma vez!

Narrador - Claro, Senhor Doutor e Ilustríssimo Ouvinte! Seu pedido é
uma ordem... Como eu dizia, Blind Kid, depois daquela sua passagem por
Pax City, onde não resolvera nada e nem comera ninguém...

Autor - Ô mocinho, olha o nível! Já vai começar com as gracinhas?
Esqueceu que tem crianças ouvindo essa novela, seu... seu...

Narrador - Desculpe, Chefinho! É que eu me empolgo, mas...

Autor - Não tem mais nem menos. Continue seu trabalho!

Narrador - Como eu dizia: Blind Kid cavalgava em busca de novas
aventuras. O sol inclemente teimava em brilhar (hoje estou poético!)
durante todo o dia, o que dava ao nosso (lá deles) herói, aquela
saudável malemolência baiana. Pensando no encontro que marcara em
Vox City, Blind cantarolava uma canção típica da região, enquanto
Pangaré, seu valoroso corcel, mantinha as orelhas abaixadas, tapando
os ouvidos.

Blind - Oh, Suzana, não chores por mim...

Autor - Ô orelhudo! Desde quando esta canção é da região nordestina?

Narrador - Desculpe, Chefinho. Eu só conheço de ouvir cantarem.

Autor - Onde amarrei meu jegue! Eu devia era mandá-lo embora.

Narrador - Que é isso, Chefinho? Erram tanto no cinema e ninguém se
importa...até a Globo erra!

Autor - Mas na minha novela eu não quero erros!

Narrador - Tá bom, Chefinho! Vou tentar ler alguma coisa sobre MPB!

Autor - Ô pedaço de asno, essa música é dos States, entendeu?

Narrador - Claro, Chefinho, claro!

Autor - Vamos, continue a história, seu energúmeno. O ouvinte pode
não gostar dessas interrupções!

Narrador - Mas é o senhor, Chefinho, quem está interrompendo!

Autor - Não interessa! Continue, continue.

Narrador - Como era hora do rango, Blind Kid procurou uma árvore
frondosa, apeou do cavalo, amarrou Pangaré a uma touceira de capim
guiné e sentou-se à sombra da mesma (árvore, entenderam?).
Pegou seu alforje, tirou de dentro um saco plástico, desses em que
se coloca lixo, mas que continha farinha. Pegou também um pequeno
embrulho de jornal, no qual havia alguns pedaços de rapadura.
Tirou o lenço (Ai meu Deus! ) que trazia em volta do pescoço, colocou
à sua frente e nele, derramou alguns punhados de farinha, jogando
por cima os tacos da rapadura e comeu até fartar-se.
Depois desta lauta (Rê rê rê) refeição, recostou-se para fazer a
sesta, afinal, herói também é gente (Embora haja exceções!).

Blind dormiu cerca de três horas. Levantou-se, assoviou chamando o
Pangaré, deu uma espreguiçadinha, olhou para um lado e para o outro...
e fez xixi na raiz da pobre árvore.
Pangaré, embora ouvisse o chamado, permaneceu no mesmo lugar.

Blind - Tá surdo, Pangaré? Não ouviu meu assovio?

Narrador - Pangaré relinchou, como se houvesse entendido, deu um
tranco, arrancando a touceira na qual estivera amarrado e trotou até
onde estava o antipático, digo, o Blind Kid (Não gosto desse cara!).

Blind - Vamos, Pangaré! Temos que chegar em Vox City antes das
dezoito horas.

Narrador - Blind montou e, depois de umas três horas, já vislumbrava
o pórtico da cidadezinha, no qual estava escrito, em letras pretas
com sombras douradas, "Vox City".

Aqui também a fama de Blind Kid já chegara. As mocinhas espreitavam
a estrada, aguardando a chegada do nosso (lá delas) herói.
As crianças, com seus sorrisos sinceros, sorriam ao saber da chegada
de Blind Kid a Vox City. Os homens tinham ciúmes dele pois suas
mulheres viviam com o ouvido pregado ao radinho de pilha, já que por
ali não chegara a energia elétrica, para ouvirem as rádionovelas
inspiradas nas aventuras e desventuras de Blind Kid, o herói do
Agreste. Quando Blind Kid adentrou a rua principal (E única - Rê rê
rê) de Vox City, o Xerife Ed MMundy já o aguardava em frente ao "Talk
Saloon". Blind aproximou-se, apeou do cavalo, amarrando-o em seguida
e dirigiu-se ao xerife.

Blind- Olá, Ed! Quanto tempo, velho amigo!

Ed Mundy - Blind, Blind! Bons ventos o tragam...

Blind - Eu já estou com saudades daquele domingo, Ed.

Ed Mundy - Eu também, Blind. Mas vamos entrar no saloon e tomar uma
água de coco.

Blind - Boa pedida, Ed!

Narrador - Abraçados, entraram no Talk Saloon e sentaram próximo
ao palco, no qual uma bela garota cantava um baião, enquanto
dedilhava uma viola.

Blind - Bela voz, bela garota, belo baião, concorda, Ed?

Ed - Com certeza...ela é mesmo maravilhosa!

Blind - Ela é destas bandas, Ed?

Ed - Não! Ela é de John People City.

Blind - Qual é o nome dela, Ed?

Ed - Ela se chama Suu Zy.

Narrador - Enquanto eles papeavam, a cantora já cantava um xote bem
balançado (Vá gostar de forró assim, lá em John People City!).
Nesse meio tempo, apareceu uma bela (Ô autorzinho repetitivo, meu!)
jovem, que lhes perguntou:

Jovem - O que gostariam de beber?

Blind - Daqui a pouco pediremos...

jovem - Não podem ocupar a mesa sem consumir... e ainda tem o couver!

Ed Mundy - Claro, Milly... traga duas águas de coco bem geladimnhas!

Milly - Agora mesmo, Xerife!

Narrador - A jovem foi buscar a água de coco dos dois (Argh!).

Blind - A proprietária do saloon ainda é a Odel Yta, Ed?

Ed - É, Blind! Ela até ampliou a casa e vai trazer umas dançarinas de
"can-can" lá de River City.

Blind - E quando chegam essas belezuras, Ed?

Ed - Parece que chegam no vapor de amanhã... pelo menos foi o que li
no Vox Populi News de hoje.

Blind - E por falar nesse jornal... como está nossa amiga Debby Bora?

Ed - Ela está muitíssimo bem... até faz um programa de rádio em uma
emissora de Puerto Smily City.

Blind - Já ouvi falar muito nesta Rádio... tem uns programas porretas!

Ed Mundy - É verdade... mas seu Diretor é muito esquentado!

Blind - É verdade... mas acho que ele tem razão em ser assim...
Tem uns caras aqui em Vox City que são um chute no saco!

Ed - Isso é verdade... mas ele poderia controlar-se mais, Blind.

Blind - Mas a sua arma é a voz... e como já vi publicado no Vox Populi
News: "A toda ação, corresponde uma reação."

Narrador - Nesse momento a jovem Milly chega com dois cocos da Bahia
e interrompe esta conversa "tão" instrutiva, dando um "refresco"
para nós (Ufa!). Vamos aproveitar enquanto esses dois aí bebem suas
águas de coco (Argh!) e pôr fim neste capítulo.


- Fim deste capítulo -

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Madame Mínima, a bruxinha baixinha

Capítulo VII


Madame Mínima e a bruxa Madréa não entendiam porque seus bichinhos de
estimação haviam desaparecido. Atônitas e perplexas faziam as mais
esdrúxulas conjecturas...

- Será que eles se apaixonaram e fugiram juntos, Madréa?

- Talvez, Mínima... nunca se sabe, né?

- Mas ambos são machos, Madréa!

- Sei lá, Mínima... do jeito que as coisas estão viradas a gente deve
estar preparada pra tudo!

- Isso nunca, Madréa. Eu conheço muito bem o Tridog... pelo menos uma
das cabeças!

- Isso a compromete, Mínima!

- Deixe de ser maldosa, sua bruxa horrorosa!

- Obrigada, Mínima... sinto não poder dizer o mesmo de você!

- Não tem problema, Madréa. Faça como eu... minta! Hihihihihihihi!

- Acho que vocês devem deixar essa querela pra lá e procurar seus
bichinhos!

- Na verdade, Rô, os bichinhos são meus!

- Nossos, Mínima, nossos!

- Que papo é esse, Madréa? Nossos uma pitomba!

- O Danyl é meu, esqueceu, amiguinha?

- Seu? Desde quando, Madréa?
Você me roubou o Danyl, isso sim!

- Eu? Você está enganada, Mínima. O Danyl apareceu lá pras minhas
bandas e eu só o acolhi. O coitado estava cansado e morto de fome!

- Você tem como provar isso, Madréa?

- Claro! Sempre tenho comigo um exemplar do jornal que publicou o
aparecimento de um ser estranho na Mata Godói!

- Eu quero ler... só acredito vendo!

- Sim, Sílvia Santas! Então leia... aqui está o jornal!

Madréa estendeu à Mínima a folha do jornal. Mínima leu e releu...

- Pelo que diz aqui, aquele ingrato fugiu de mim... snif... snif!
Esse dragão safado me paga!

- Não seria mais interessante encontrar seus bichinhos, mocinhas?

- Você tem razão, Rô! Vamos procurá-los nos arredores, Mínima!

- Vocês procuram pela esquerda e eu pela direita, depois nos
encontramos aqui!

- Certo, Rô! Vamos, Madréa!

Os três procuraram, procuraram, procuraram...

- Estou cansada, Madréa... acho que eles tomaram chá de sumiço!

- Eu também, Mínima! E agora?

- Quem poderá nos ajudar? - falaram as bruxas em uníssono.

Ouviu-se um estrondo, viu-se uma fumaceira e sentiu-se um cheiro forte
de tequila...

- Yo!

- O quê? O Chapolin Colorado? - disseram as duas a uma só voz.

- No contaban con mi astucia!

- Essa não! Já não bastam as besteiras que aturamos nessa novelinha e
ainda nos aparece um herói mexicano fajuto! - exclamou Madame Mínima.

- Essa novela não te pertence, seu Vermelhinho! - completou Madréa.

- E ainda por cima, falando espanhol! - disse Mínima.

- Yo no tengo culpa se el autor no tiene dinero para pagar una
doblaje!

Sai daqui, seu herói mexicano de meia pataca! disse Madréa.

- Más vale pájaro en mano que Dios lo ayudara... no... Dios ayuda al
que vuela como pájaro... no... bueno, la idea es esa!

- Ai meus Orixás... ninguém merece!

- Deixa esse cara pra lá e vamos procurar nossos bichinhos, Mínima!

- Se aprovechan de mi nobleza!

- Desapareça de uma vez, seu Polegar Vermelho! - disse Mínima.

- Hacer o quê? Síganme los buenos!

E o Chapolin deu adeus a essa novelinha, mas, ao sair, embaraçou-se
nos arbustos, desceu rolando a duna e foi cair dentro da Lagoa do
Abaeté...

- Já vai tarde, abestado! - exclamou Madame Mínima.

- Vamos dar só mais uma volta, Mínima!

- Certo! Preste atenção em todo mundo, Madréa!

- Se vermos uma cara suspeita, a gente grita, Mínima!

Após algumas voltas, as bruxas retornaram ao ponto de partida...

- Uaiiiiii!

- Que foi, Madréa?

- A-ali... a-ali...

- Ali, onde? Não vejo nada!

- A-ali... a-ali n-nos ar-arbustos! - gaguejou Madréa.

Assim que Madame Mínima se virou para ver o que assustara Madréa, um
vulto saiu do meio de uns arbustos...

- Oi, meninas! Não encontrei nada!

- Poxa, Rô... você assustou Madréa! Hihihihihi!

- Foi? Hehehehehe! Não tive intenção!

- Caramba, Rô! Com essa capa você parece uma coisa do outro mundo!

- Ora, Madréa... eu sou mesmo do outro mundo!

- É verdade, mas isso não vem ao caso agora! Precisamos achar esses
perdidos! - disse Madame Mínima.

- Você já pensou na possibilidade deles terem fugido, Mínima?

- Nós falamos sobre isso, Rô, mas talvez...

- Eles tenham sido roubados! completou Madréa.

- É bem possível! Já vasculhamos todas as dunas em volta da lagoa e
nem sinal deles! - disse Rô, o Exu Alecrim.

- E agora, Rô?

- Agora, Mínima, só nos resta chamar a polícia!

- Rô, você acha que a polícia baiana consegue resolver esse caso?

- Eu tenho minhas dúvidas, Madréa, mas, fazer o quê?

- E se a gente pedisse ajuda ao Inspetor Blind?

- Ora, Mínima... o Inspetor Blind está de férias desde o segundo
capítulo da sua novelinha!

- Então vamos gritar pelo Super-Blind!

- Quer saber de uma coisa... esses personagens estão hibernando há
algum tempo, Mínima!

- Acho que é esse autor que anda dormindo demais, Rô!

- Também acho, Madréa!

- É isso que dá ser personagem de autor baiano... com raras exceções,
claro! - completou Mínima.

- Bem, não podemos ficar aqui parados, né?

- Pois é, Rô! Temos que agir antes que acabe esse capítulo!

- Então, Mínima, o que faremos? - perguntou Madréa.

- Vamos usar nossos poderes mágicos, Madréa!

- Boa idéia, Mínima! Vamos lá!

- Com seu poder mental Rô também pode nos ajudar! - disse Mínima.

- Ok, meninas! Vou me concentrar! Rrrooouuu! Huuummm!

As duas bruxas pegaram suas varinhas de condão e, elevando-as no ar,
pronunciaram algumas palavras mágicas...

- Pelos poderes de Greyskull...

- Hei, Madréa... isso quem diz é o He-Man!

- Desculpe, Mínima!

- Houuuu... varinha justiceira, dê-me a visão além do alcance...

- Hei, Mínima, isso quem diz é o Lyon dos Thundercats!

- Vocês estão vendo muito desenho animado, meninas... e atrapalhando
minha concentração! Vou ficar ali naquela moita! Fui!

- Desculpe, Rô! Vamos nos concentrar para dizer as palavras mágicas
ao mesmo tempo!

- Falou, Mínima! Então, prepare-se... um, dois, três... já!

- Alakazam, alakazim... abracadabra, tim tim salabim!

Assim que as bruxas pronunciaram as palavras mágicas, apareceu diante
delas a imagem de um castelo e, como num filme, as cenas iam mudando,
até que...


Continua...

A Terra dos Perdidos

Capítulo VII


Quando a equipe de exploração, formada por Margô, Luís, Pat Vision,
Evangel, Nelita, Antonio José, Nazaré e Sílvia voltou ao
acampamento, era quase noite. O sol já coloria o céu e o mar próximo do
horizonte, de tons de amarelo, laranja e vermelho. O povo que ficara
fora do avião já acordara da sesta e estava ávido por notícias...

Luís - Estamos de volta, pessoal!

Andréa - E aí, meu?

Patricinha - O que vocês descobriram?

Margô - Descobrimos uma clareira e um vale maravilhosos para ficarmos!

Pat Vision - E tem água potável à vontade!

Nazaré - É verdade! Um lindo rio corta o vale em direção ao mar!

Nelita - Descobrimos algumas cavernas num paredão rochoso que podem
servir de moradia!

Evangel - E tem muita árvore frutífera!

Sílvia - E também muitas flores!

Antonio José - E o terreno parece adequado à agricultura!

Ezequiel - Tá pensando em plantar jerimum, Antonio José? Hahahahahah!

Dudinha - Deixa de ser bobo, garoto! Hahahahaha!

Marilza - Então mudemos para lá!

Audaí - Acho interessante deixar isso para amanhã!

Érica - Concordo com Audaí!

Mila - É isso aí! Amanhã a gente muda!

Luís - Ainda não, pessoal! Amanhã exploraremos o lado oeste!

Luzia - E nossas coisas?

Marcão - Seria bom deixarmos no avião!

Madréa - Pelo menos até que nos acomodássemos por lá, né?

Nice - É uma boa idéia!

Virgínia - Concordo!

Danilo - Eu topo!

Ezequiel - Você topa tudo, Danilo! Hahahahaha!

Danilo - Topo até sair com sua irmãzinha, Ezeq! Hahahahaha!

Ezequiel - Se ferrou, Danilo... eu só tenho um irmão! Hahahahaha!

Danilo - Aí eu deixo pro Corno Velho! Hahahahahaha!

Luís - Eu prefiro suas duas irmãzinhas, Danilo! Hahahahaha!

Danilo - É? Vou contar pro Salvador!

Ednilson - Companheiros, devemos colocar isso tudo para o povo que está
no avião!

Evangel - Companheiro Ednilson, acho que será melhor do que ficarmos
por aqui!

Rebeca - E eu? Como farei com meus ferros?

Luís - Não se preocupe, Beca... levaremos você, sua cadeira e seus
ferros conosco! Hahahahaha!

Rebeca - Obrigada, Lindinho! Hahahahaha!

Margô - Enquanto for preciso, eu cuidarei de você, Beca!

Rebeca - Obrigada, Margô!

Luís - Bem pessoal - Acho que hoje devemos dormir no avião!

Malu - É uma ótima idéia, Luís!

Pat Vision - Então vamos nos movimentar, gente!

Nazaré - É melhor mesmo... logo vai escurecer!

Ezequiel - Eu não tenho medo de escuro!

Dudinha - Cala a boca, garoto!

Malu - Olha o trenzinho!

Um pouco mais atrás, Edson Música, Rita Mendes, Salvador, Lígia e
Reinaldo eram guiados por Elaine num segundo "comboio". E assim, em
fila indiana, todos seguiram para o avião. Lá dentro, acomodaram-se
nas poltronas vazias para aquela primeira noite na ilha. Lá dentro já
estavam Devair, Samira, Ricardo, Renato, Tiago, Joaquim, Ana Lúcia,
Aline, Carmem, Rita Gonçalves, Leonardo, Caco, Wil e Mergulhador, que
foram levados anteriormente por Stella para tirarem uma soneca...

Luís - Para não desperdiçar a energia do avião, deixaremos apenas duas
luzes acesas!

Pat Vision - Quem quiser água é só pedir!

Nelita - E quem quiser ir ao banheiro é só dizer!

Malu - Deixaremos as portas abertas por causa do calor!

Naquela noite a conversa foi sobre a permanência deles naquela ilha
perdida no meio do Atlântico. No dia seguinte, após todos acordarem,
comerem algumas frutas e beberem água...

Luís - Atenção pessoal: hoje faremos nova excursão ao local que fomos
ontem e depois iremos um pouco a oeste da ilha!

Evangel - Mas as meninas já disseram que aquele vale estava de bom
tamanho para nos estabelecermos enquanto estivermos aqui!

Luís - Eu sei disso, Evangel... quero apenas saber se há alguma outra
opção!

Nelita - Luís tem razão! Embora a área que descobrimos seja muito boa,
temos que saber se não há um lugar melhor!

Luís - Quem quiser ir conosco é só levantar! Os demais podem ficar no
avião ou lá fora!

Marlene Garcia - E o que vocês pretendem?

Margô - A idéia é descobrir um local propício para construir algumas
cabanas!

Nelita - Eu vi umas vinte cavernas que dariam ótimas "casas"!

Rebeca - E as aranhas e morcegos?

Nelita - Se eles existem por aqui, devem ficar bem no fundo das
cavernas, pois eu não vi nenhum!

Luís - Eu ficarei numa caverna... os morcegos não incomodam ninguém!

Evangel - Grande novidade... você é quase pré-histórico! Hahahahaha!

Luís - Pré-histórico é sua mãe!

Ezequiel - Luís pegou ar!

Dudinha - Fica quieto, Ezequiel!

Malu - Bem, concordo que façamos algumas cabanas para quem não queira
ficar nas cavernas... mas terá que ajudar na construção!

Pat Vision - Descobri algumas ferramentas na cabine do piloto que
poderão nos ajudar na construção destas!

Edson Música - Tô fora, isto é, estou dando o fora!

Marlene - Como assim, Edson?

Edson - Eu, a Rita Mendes, o Salvador, a Lígia, o Reinaldo e a Elaine,
vamos abandonar esta ilha!

Stella - E como pretendem fazer isto?

Rita Mendes - Já temos um plano!

Luís - Aqui todos são donos de suas vontades e verdades! Vocês fazem o
que acharem melhor!

Salvador - O importante é tentar, né?

Luís - Desejo-lhes boa sorte!
Bem, quem vai conosco deve descer agora!

Margô - Dessa vez eu fico para cuidar de Rebeca!

Rebeca - Obrigada, Margô!

Andréa - Eu também vou ficar... tenho que cuidar da Babi!

Patricinha - E eu pra cuidar do Shompsom!

Malu - Eu vou com vocês!

Luís - Então Pat Vision, Nelita e Malu irão conosco! Stella, Nazaré e
Margô ficam com o pessoal!

E deixando os demais a bordo, Luís, Evangel, Marlene, Ezequiel, Dudinha,
Nice, Aline, Antonio José, Ricardo, Renato e Sílvia desceram do avião e
seguiam Malu, Nelita e Pat Vision no tradicional trenzinho. Em poucos
minutos adentravam a floresta, saudados por uma sinfonia desordenada
de cantos, grunhidos e ruídos de pássaros e animais silvestres...

_ * _

Rita Mendes - Pessoal, acho bom começar o trabalho!

Salvador - Eu recolho as revistas deste lado!

Edson - E eu pego as deste lado de cá!

Elaine - Eu vou providenciar tesoura e cola!

Meia hora depois, sentados sob o avião, Reinaldo, Edson, Rita Mendes,
Salvador e Lígia, orientados por Elaine, cortavam e colavam as folhas
das revistas que encontraram a bordo...

Rita - Quantos faremos?

Edson - Acho que cada um deva ter o seu!

Salvador - Então faremos seis?

Reinaldo - Acho que seja mais seguro!

Lígia - Mas devemos estar todos juntos!

Elaine - Achei também alguns pedaços de barbante que podem nos ajudar!

Após quatro horas de trabalho intenso, deram a obra por conclusa...

Elaine - Geeeeeeente! Ficaram lindos!

Edson - Elaine, seria conveniente que você fizesse uma vistoria para
evitarmos dissabores!

Rita - Também acho!

Elaine - Já fiz isto, gente!

Reinaldo - Agora é só prepara os mantimentos e a água!

Elaine - Falei com Margô e peguei algumas frutas e doze garrafas com
água!

Salvador - As frutas e a água darão para quantos dias?

Elaine - Se comermos e bebermos com parcimônia, darão para uns dois
dias, no mínimo!

Edson - Acho razoável!

Rita - O importante é tentar, pessoal!

Por volta das quatro horas da tarde eles se faziam ao mar. Construíram
seis barcos de papel, um para cada um, e lançaram-se à água sem ao
menos despedir-se dos demais. Da porta do avião, Margô, Stella e Nazaré
viram os seis barquinhos distanciar-se da praia...

Margô (Dirigindo-se ao povo) - Tenho uma notícia para vocês!

Rebeca - O que é, Margô?

Margô - Seis barquinhos de papel acabam de deixar a ilha!

Marlene Garcia - Como assim, Margô?

Margô - Salvador, Edson Música, Rita Mendes, Lígia, Reinaldo e Elaine
construiram barquinhos de papel com as revistas de bordo e deixaram a
ilha!

Ezequiel - Em barquinhos de papel? Hahahahaha!

Stella - Foi, Ezequiel... por quê?

Ezequiel - Acho que esse autor pegou ar! Hahahahaha!

Rebeca - Na ficção vale tudo, Ezequiel!

Danilo - Ainda mais quando o autor é Luís Campos! Hahahahahahaha!

Rebeca - Ele é um dos meus autores preferidos, Dan!

Danilo - E eu?

Rebeca - Você também, Lindinho!

Ezequiel - Danilo pegou ciúme! Hahahahahaha!


Continua...

As Aventuras de Frankenstinha

Capítulo VII


O dia amanheceu bonito. Fran, como sempre, acordou por volta das sete
horas e preparava o desjejum dos cientistas...

- Péssima hora para acabar o gás! Vou acordar Worst para trocar o
bujão! Pera aí! Se eu consigo ver através das coisas, é possível que
eu possa esquentar as coisas apenas com o olhar... pelo menos o
Superman faz isso! Hihihihihi!

E Fran colocou um pouco de água numa chaleira e concentrou seu olhar
sobre esta...

* FISSSSSSSSSSSSSS!

Um feixe invisível de luz atingiu a chaleira e em questão de segundos
a água fervia...

- Que maravilha! Vou economizar uma grana de gás! Deixa eu coar este
café, depois vou testar meus poderes de superfran! Hihihihihi!

Fran fez café, suco, preparou alguns sanduíches e colocou sobre a mesa
da copa. Comeu um sanduíche, um brioche, alguns biscoitos, tomou um
copo de "leitecau" (leite com chocolate) e após escovar os dentes foi
até o quintal do casarão. Ali encontrou alguns tubos de ferro e pegou
um deles...

* SCREEEEENCH!

Fran entortou o tubo galvanizado sem qualquer dificuldade. Ela pegou
mais um...

* SCREEEEENCH!

Após entortar o segundo tubo Fran comprovou sua superforça. Então ela
quis testar sua visão de raio-x olhando através de um velho sofá...

* FISSSSSSSSSSSSSS!

E o sofá pegou fogo. Fran correu, pegou a mangueira de regar a horta,
abriu a torneira e apagou o princípio de incêndio...

- Com o Superman isso não aconteceria! Preciso aprender a controlar
minha visão de raio-x! Agora tentarei voar. Vou até o telhado do
casarão!

Fran levantou os braços, deu um pulo...

* ZUUUUUUM! TUMP!

E esborrachou-se contra a quina do telhado...

- Caramba! Nem doeu! Preciso treinar mais!

E Fran realizou alguns vôos rasantes, sobrevoou umas árvores do seu
quintal, o telhado do casarão, umas montanhas próximas e depois foi
até as nuvens, voltando ao quintal...

* ZUUUUUUM! VUUUH! ZUUUUUUUM! VUUUUUUUUH!

- Acho que aprendi a controlar meu vôo! Resta saber se meu corpo é
indestrutível que nem o do Superman!

Fran foi até o quarto de bagulhos, pegou uma furadeira na caixa de
ferramentas e, colocando uma broca na máquina, ligou a bicha na tomada
e tentou furar sua perna...

* VRUUUUUUUM! SCRASH!

Após alguns segundos a máquina começou a enfumaçar, a broca avermelhou
e partiu-se...

- Uau! Virei uma superwoman! Hihihihihi!
Será que devo contar aos doutores essa minha descoberta?
Vou pensar nisso!

Fran resolveu guardar a máquina e entrar em casa para acordar os
cientistas. Ao sair do quarto de bagulhos, viu um retalho de tecido por
trás da máquina de lavar...

- Preciso varrer com mais atenção este pátio!

Fran abaixou-se para pegar o trapo e jogá-lo no lixo, mas notou que
havia mais alguns pedaços de pano e...

- Que coisa estranha é essa entre estes trapos?

Fran examinou seu achado ...

- Parece um ovo de passarinho! Será que alguma ave achou de fazer seu
ninho ali? Que estranho!

Com o pequeno ovo na mão, Fran entrou na cozinha, pôs o ovo sobre a
geladeira, bebeu um pouco de água e foi acordar os cientistas...

- Vamos levantar, dorminhocos! Bom-dia!

- Ah, Fran... eu quero dormir mais um pouquinho!

- Nada disso, Worst! Vamos levantando! Acorda, Crazy!

- Mas ainda é madrugada, Fran!

- Madrugada pra quem é preguiçoso! Levante-se!

- Poxa! Todo capítulo é a mesma coisa!

- Olhe, Fran... Crazy disse, "poxa"!

- E o que tem demais em dizer-se, "poxa", Worst?

- Tem sim, Fran! Na verdade, Crazy queria dizer por...

- Não diga isso, Worst!

- Mas eu não disse, Fran... você não deixou eu completar a palavra!

- E era pra deixar, era, Worst?

- Mas, Fran...

- Nada de "mas"... levantem-se! Aqui estão suas roupas! Vistam-se e
vão lavar o rosto! Dentro de dez minutos quero ver os dois na copa!

Fran saiu do quarto e voltou à cozinha. Os dois cientistas, de caras
amarradas, levantaram-se e dirigiram-se ao banheiro...

- Deixe-me arranjar um lugar quentinho para esse ovo!
Já sei! Vou colocá-lo na estufa do laboratório!

Fran subiu as escadas, foi até o laboratório, ligou a estufa no mínimo,
colocou o ovo dentro desta e desceu para a cozinha...

- Venham comer, rapazes!

Logo os dois cientistas faziam a primeira refeição do dia...

- E hoje, Worst... sonhou com o quê?

- Eu não lembro, Fran... só lembro de estar num parque de diversão
brincando no carrossel!

- E você, Crazy?

- Eu sonhei que estava num aniversário e tinha muitos doces... e eu
comia tudo sozinho!

- Crazy é um morte gulosa, né, Fran!

- Mas você também tava na festa, Worst!

- E eu também comia tudo, Crazy!

- Não, Worst... eu não lhe dei nem um docinho! Hahahahaha!

- Tá vendo, Fran? Crazy não me deu nem um docinho do aniversário!

- Foi só um sonho, Worst... mas eu lhe dou um docinho, tá?

- Então tá, Fran!

Fran foi até a geladeira, pegou alguns brigadeiros que fizera no dia
anterior e os levou pra mesa...

- Aqui estão uns brigadeiros, mas antes que briguem, são pros dois, tá?

- Oba! Vou comer tudo!

- Olha aí, Fran... o Crazy quer comer tudo! E eu?

- Ele está só brincando, Worst! Né mesmo, Crazy?

- Claro, Fran... é só pra abusar Worst! Hahahahaha!

- Eu não disse, Worst?

- Fran... Franzinha... você me dá um cavalo?

- O quê? Um cavalo? Um cavalo de verdade?

- É, Fran!

- E quem vai cuidar dele?

- Do cavalo ou do Worst, Crazy?

- Dos dois, Fran! Hahahahaha!

- Olha aí, Fran... o Crazy me chamou de cavalo!

- Ele está brincando, Worst... não é, Crazy?

- É, Fran! Posso pegar mais um brigadeiro, Fran?

- Pode, Crazy!

- Eu tenho uma coisinha pra contar a vocês!

- É fofoca, Fran? Adoro uma fofoquinha!

- Não é fofoca, Crazy!

- E o que é, Fran?

- Eu achei um ovo de passarinho lá no quintal e...

- Eu posso chocar ele, Fran?

- Worst virou galinha... Worst virou galinha! Hahahahaha!

- Olha aí, Fran... o Crazy tá me chamando de galinha!

- Não, Worst, você não poderá chocar o ovo porque já o coloquei na
estufa do laboratório!

- Então amanhã nasce o passarinho, Fran?

- Isso eu não sei, Worst!

- Não deve demorar, Fran... a estufa é melhor do que uma chocadeira!

- Isso veremos depois, Crazy!

- Eu posso cuidar do filhote, Fran?

- Pode, Worst, pode!

- Legal, Fran!

- Tenho uma coisinha pra mostrar a vocês!

- O que é, Fran?

- Calma, Crazy... venham comigo até o quintal!

E os três foram até o quintal...

- Sentem-se aí nesse sofá!

- Mas tá todo molhado, Fran!

- E tá um pouco queimado também, Worst!

- Eu esqueci, rapazes... sentem-se na escada da cozinha!

E os cientistas sentaram-se num dos degraus que desce da cozinha para o
pátio. Fran, diante deles, pegou uma barra de ferro e a entortou...

* SCREEEEENCH!

- Caramba, Fran! Que truque legal!

- Não é truque, Worst! Veja o que faço com este aqui!

* SCREEEEENCH! STROMBPC!

Fran, além de entortar o tubo galvanizado, ainda fez um xis com ele...

- Uau! Você é forte, hein, Fran?

- Eu sei, Crazy! E tem mais!

Fran pegou um velho caixote perto do sofá e...

* FISSSSSSSSSSSSSS!

- O caixote pegou fogo sozinho!

- Nada disso, Crazy... fui eu quem o fez queimar-se!

- Como assim, Franzinha?

- Com minha visão de raio-x!

- Que nem o Superman, Fran?

- Isso mesmo, Worst! Agora vejam isso!

Fran voou até as árvores, ao telhado e quase até as nuvens e desceu
suavemente, pousando diante dos cientistas que, admirados, sorriam com
as proezas de Fran...

- Que maravilha, Fran!

- Posso voar com você, Fran?

- Claro, Worst!

- Eu também quero, Fran!


Abraçando um cientista de cada lado, Fran alçou vôo e sobrevoou o
casarão, algumas árvores e, após uns três minutos, pousou com eles no
quintal...

* ZUUUUUUM! VUUUH! ZUUUUUUUM! VUUUUUUUUH! PUCH!


Continua...

A História de Danyl

Capítulo VII


Não demorou muito e a carruagem do rei aproximava-se do local em que
eles estavam. Danyl, atento, assim que a carruagem chegou pertinho,
correu em direção a esta, acenando com os braços e gritando:

- Socorro, socorro! Meu Amo, o Marquês de Racabás foi atacado por
bandidos do Comando Laranja e jogado no rio! Ele pode se afogar!
Salvem-no!

O rei reconheceu o gato e ordenou ao cocheiro que parasse a carruagem
e aos guardas que fossem ajudar o Marquês de Racabás. Os guardas
seguiram o gato até o rio e retiraram Iul de dentro da água...

- Leve essas roupas para que ele se apresente dignamente! - ordenou o
Rei Udib a um dos seus lacaios.

Por coincidência, as roupas que o lacaio levou ficaram muito bem no
"Marquês de Racabás". Agora composto, Iul, guiado por Danyl que lhe
disse que a brincadeira começara, apresentou-se diante do rei...

- Muito grato, Majestade! - disse Iul fazendo um salamaleque.

- Eu é que aproveito a oportunidade para agradecer-lhe os numerosos
presentes que recebi em seu nome, nobre Marquês de Racabás!

- Nada demais, Majestade... apenas quis demonstrar-lhe meu respeito e
amizade!

- Gostaria de apresentar-lhe minha filha, Senhor Marquês! Desça aqui,
Asoief!

Quando a princesa desceu da carruagem Danyl viu que a moça, embora
tivesse um corpinho de violão, era feia pra cacete...

- Caramba! Que princesa feia! - pensou Danyl.

Assim que a princesa chegou perto de Iul percebeu que ele era cego...

- O marquês é cego, Papai!

- O quê? Oh, coitadinho! - disse o monarca com tristeza.

- Majestade, eu sou apenas cego! O cego é capaz de fazer quase tudo
que uma pessoa que enxerga faz, embora os governantes não respeitem
os direitos do cidadão portador de qualquer deficiência!

- Isso é verdade, Marquês! Desculpe-me, não quis ser deseducado!

- Tudo bem, Majestade! A maioria das pessoas pensa isso do cego!

- Gostaria de convidá-lo para almoçar conosco! O Senhor nos daria a
honra da sua presença?

- Será um prazer, Majestade, privar da companhia de pessoas tão
especiais!

- Então vamos! Filha, ajude o Marquês a subir na carruagem!

- Venha comigo, Marquês! - disse a princesa segurando Iul pela mão.

Todos entraram na carruagem que partiu em direção ao castelo do Rei
Udib, à exceção de Danyl que, embora convidado, decidiu ficar para dar
continuidade ao plano que bolara. Assim que a carruagem desapareceu na
curva da estrada, o gato foi pegar as roupas que escondera e levou pra
cabana de Iul.

- * -

No trajeto para o castelo, Asoief conversou animadamente com Iul e
ficou tão encantada com a conversa e o charme do jovem "marquês" que
disse-lhe que, se ele a ajudasse, ela criaria uma "ONG" para auxiliar
os cegos das terras de seu pai. Iul achou interessante a proposta da
princesa e prometeu colaborar. Asoief ficou maravilhada e sorria com
todos os dentes alvos e alinhados. O Rei Udib, ao notar o entusiasmo
da filha, acreditou que dessa vez a princesa sairia do barricão.

Quando chegaram ao castelo, Asoief conduziu Iul ao salão de refeições
e ofereceu-lhe uma bebida para abrir o apetite...

- Gostaria de beber algo, Iul? - perguntou a princesa com intimidade.

- O que vocês bebem por aqui, Asoief? - perguntou Iul, já gostando do
jeitinho dengoso da moça.

- Temos batida de todo tipo,
caldo de cana, aluá.
Cerveja, chopp, quentão
e cachaça do Pará.
Suco de todas as frutas,
vinho, rum e guaraná!

- Hei, Asoief, eu conheço esses versos! São dum cordel do Blind Joker!

- Isso mesmo, Iul... sou fissurada em tudo que ele escreve!

- Eu também, Asoief! Tenho quase tudo que ele escreveu até hoje!

- Eu também, Iul! Agora mesmo estou lendo "Madame Mínima, a bruxinha
baixinha" e "A História do Danyl"!

- Eu também, Asoief! Acho esse cara o máximo!

- Eu também, Iul! Ele é atualmente uma das maiores expressões da
Literatura Universal! Também já li todas suas poesias!

- Eu também, Asoief! Também li algumas coisas da Rebeca Serra, do
Danilo Santana e do Cisco Devair muito boas!

- Eu também, Iul! Acho que temos muita coisa em comum, Iul, além do
fato de sermos personagens do Blind Joker!

- Eu também acho, Asoief!

- Você também, o quê, Iul?

- Eu também acho que falamos "também" demais nesse capítulo, Asoief!

- Eu também acho, Iul! E também acho que, com isso, o capítulo acabou!

- Eu também acho, Asoief! E acho Também que devemos tratar de comer!
Estou varado de fome!

- Eu também, Iul! Então acabe essa cerveja para irmos almoçar!

E eu também acho melhor acabar esse capítulo pra parar com tanto
"também"! Isso pode dar nos nervos do leitor! Rê rê rê!


Continua...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A História de Danyl

Capítulo VI


Como eu disse, enquanto jantavam, Danyl e Iul voltaram a conversar...

- Se confiar em mim, eu posso torná-lo um homem rico e nobre, Iul!

- Eu já sou rico, Danyl. Tenho tudo que preciso!

- Morando nessa choupana, Iul?

- Sim! O importante, Danyl, não é o que se tem, mas o que se é!

- Isso é papo de fracassado, Iul!

- Não, Danyl... isso é a certeza de que não preciso de bens materiais
para ser feliz!

- Filosofar é muito bonito, Iul, mas um pouco de conforto não faz mal
a ninguém!

- Bem, Danyl, trate de comer e vamos dormir... amanhã é outro dia e o
travesseiro é bom conselheiro!

- Certo, Iul, mas eu tenho cá meus planos!
Você poderia emprestar-me um saco, um chapéu e um par de botas?

- Claro, Danyl... pegue o chapéu e as botas que estão em meu quarto
e sob meu colchão há alguns sacos! Pode pegá-los!

- Obrigado, Iul e boa-noite! Amanhã trarei boas novas!

- Até amanhã, Danyl! - respondeu Iul sem ligar pro que dissera o gato.

E assim os amigos cearam e foram dormir. Como na casa do Iul não tinha
quarto de hóspede, Danyl dormiu no sofá. Na manhã seguinte ele acordou
bem cedo. Como dormiu de roupa, só colocou o chapéu, calçou as botas,
pegou uma pequena toalha emprestada para servir de capa e saiu a fim
de conhecer os arredores e concretizar seu plano. Andou um par de
horas até que encontrou alguns camponeses...

- Bom-dia, Senhores... que país é este?

- Bom-dia, Senhor Gato... o Senhor pisa as terras de Satobedotag!

- E a quem pertencem essas terras, amigos?

- Parte ao Rei Udib e parte ao terrível gigante, Ogro Torgo!

- E pra que lado fica o castelo desse rei, Senhores?

- Fica daquele lado, amigo gato! respondeu o camponês apontando.

- Obrigado, amigos! Até mais ver!

Danyl caminhou na direção indicada e ao atravessar um bosque viu um
coelhinho que dormia despreocupado. Colocando seu plano em ação, pulou
sobre o bichinho e o enfiou no saco. Chegando ao castelo do Rei Udib,
pediu para falar com ele. Como o rei tinha bom coração e tratava seus
súditos com respeito e amizade, veio pessoalmente atendê-lo. Assim que
o gato se viu diante do rei, tirou seu chapéu e, com uma mesura,
disse-lhe:

- Majestade, é uma felicidade para mim ser portador desse humilde
presente que lhe oferece meu amo, o Marquês de Racabás!

O rei, educadamente, agradeceu o presente e despediu-se do gato :

- Diga ao seu Amo que fico muito agradecido!

- Direi, Majestade. Ele ficará muito contente! - disse Danyl fazendo
uma reverência.

Quando o gato foi embora o rei procurou saber quem conhecia o tal
Marquês de Racabás. Como ninguém o conhecia, o rei achou que deveria
ser algum turista que passava por suas terras. Nos dias seguintes, por
quase uma semana, o monarca recebeu presentes enviados pelo Marquês
de Racabás e entregues pessoalmente pelo gato. Como Danyl sabia a
hora que Iul gostava de tomar seu banho no rio e a hora que o Rei
Udib costumava passear com sua filha por aquelas paragens, colocou a
segunda parte do seu plano pra funcionar...

- Iul, achei um local porreta pra você tomar seu banho diário! Além
de não ventar, ali a água do rio fica quentinha!

- Então hoje quero conhecer essa belezura, Danyl!

Quando aproximou-se a hora que Iul costumava banhar-se, Danyl o guiou
até o local que dissera e que sabia ficar próximo do caminho que o rei
costumava passar diariamente. Assim que Iul entrou no rio, Danyl
pegou suas roupas e a bengala e escondeu num matagal ali perto...

- A água está boa, Iul?

- Está ótima, Danyl... por que você não aproveita pra tomar um banho?

- Porque sou gato, Iul! Gatos não gostam de se molhar, amigo!

- Isso é lenda, Danyl!

- Iul, preciso que você participe de uma brincadeira!

- Que espécie de brincadeira, Danyl?

- Apenas deixe as coisas acontecerem sem contestá-las!

- Não entendi?

- Não precisa entender, apenas querer brincar! Confie em mim!

- Você não vai me colocar numa pegadinha do Faustão, vai?
Não vai me fazer pagar um mico desse, né?

- Claro que não, amigo Iul! Deixe comigo!

- Meu medo é esse, Danyl! Veja lá o que vai aprontar, viu?

- Daqui a pouco a carruagem do rei vai passar por aqui... e ele tem
uma filha linda!

- Uma linda princesa? - perguntou Iul sorrindo.

- Isso mesmo, amigo! E eu vou dar um jeito dela o conhecer!

- Mas eu estou nu, Danyl!

- Isso é só um detalhe, Iul! Fique frio!

- Não vá me meter em camisa de sete varas, seu Danyl!

- Como disse aquela ministra, Iul... relaxe e goze!

- Relaxado eu estou. Quanto a gozar... faz um tempão que não sei o que
é isso, amigo Danyl! Hahahahahaha!
E quando irei conhecer a tal princesa, Danyl?

- O bicho pegou, Iul... acabou esse capítulo! Hahahahahahaha!


Continua...

As Aventuras de Frankenstinha

Capítulo VI


A discussão entre Fran Kensbeca e o autor dessa novelinha continua...

- Você quer que eu fique satisfeita com o que você fez comigo, seu
autorzinho de meia tigela?

- Eu não fiz nada que um outro autor de folhetim não faria, Fran!

- Como não? Você me colocou nua diante desses adoráveis, mas ingênuos
cientistas!

- Ingênuos, Fran? Você já leu o capítulo anterior?

- Eu não li nada... e não pretendo ler porcaria alguma!

- Pois deveria! Assim saberia que seus adoráveis e ingênuos cientistas
já a viram por várias vezes como veio ao mundo!

- Como assim? Não acredito em você!

- Não acredita porque quer fazer vista grossa, Fran!

- Pare de falar besteiras e me conte logo o que sabe!

- Acho melhor, quando você entrar no banheiro, colocar um tampão no
buraco da fechadura! Hahahahahaha!

- Você tá insinuando que os doutores ficam me olhando pelo buraco da
fechadura?

- Acertou, Fran! E tampe a do quarto também, viu mocinha?

- O quê? Não acredito! Eles são tão infantis!

- Eu sei, Fran... eu os criei! Mas quem resiste a um corpinho desses,
Fran? E que seios lindos você tem, Fran!

- Você é um autor muito descarado... e seus personagens também!

- Eles não fizeram nada que eu não faria, Fran! Hahahahaha!

- Você ainda ri, seu sem-vergonha?

- E por que eu choraria, Fran? O que é belo é pra ser apreciado!

- Não quero mais conversa com você, entendeu?

- Poxa, Franzinha... que maldade!
Depois de tudo que fiz por você?

- O que você fez por mim? Botar fogo nos meus mamilos e na minha...
baratinha?

- Ora, Fran... se cru já é uma delícia, imagine assada? Hahahahahaha!

- Além de insolente, é metido a engraçadinho!

- Obrigado, Fran! Meu lado palhaço agradece o elogio! Hahahahahaha!

- Você deveria lembrar que uma criança pode ler essa novelinha!

- Ora, Fran... se duvidar, as crianças de hoje sabem muito mais do que
nós dois! Elas assistem a Globo, gostosa!

- Quer saber de uma coisa? Fui!

- Fique mais um pouco, Fran! Essa conversa está tão... excitante!

- Cego depravado! Acabou o papo!

- Só Mais uma coisinha, Fran: quando você olhar alguma coisa, dê uma
apertadinha nos olhos!

- Por que isso agora?

- Nada não... apenas faça isso! Hahahahahahaha!

- Fui, seu sem graça!

Fran, rangendo os dentes de raiva, se mandou...

- Que pena... eu tinha tanta coisa pra dizer a ela! Hahahahahaha!

_ * _

Fran foi até o outro lado do laboratório e, ao ver os cientistas,
apertou os olhos...

- Rapazes? Que diabo estão fazendo nus?

- A gente não tá nu, Fran!

- É mesmo, Crazy! Agora vocês estão vestidos!

- O que houve, Fran?

- Nada não, Worst! Apenas imaginei coisas!

Fran achou interessante ficar calada sobre esse "poder"...

Fran (Pensando) - Foi isso que aquele autorzinho quis dizer! Eu agora
tenho visão de raio-X, além de voar e ter superforça!
(Falando) - E agora, doutores? O que estará acontecendo comigo?

- Queremos submetê-la a um eletroencefalograma, Fran!

- Para que, Crazy?

- Para saber a quantas anda seu cérebro, Fran!

- Mas eu me sinto muito bem, Worst!

- Pra princípio de conversa, Fran, seus cabelos, que eram loiros,
ficaram pretos!

- E todos os outros pelinhos do corpo também, Crazy! Hahahahaha!

- Como? Deixe eu pegar um espelho!

- Mas você continua bonita, Fran! Né, Crazy?

- Como sempre foi, né, Worst!

- Obrigada, rapazes!

Fran pegou um espelho e ficou se olhando por alguns segundos...

- Não é que vocês têm razão? Eu não sou mais loira!

- Nós sempre temos razão, Fran, quando se trata de elogiá-la!

- Falou e disse, Worst!

- Vocês são uns amores, rapazes! Vamos logo fazer este exame! Preciso
saber se está tudo bem comi...

* CRAS!

- Oh! Quebrei o espelho!

- Xiiii, Fran! Você terá sete anos de azar!

- Isso é superstição, Crazy!

- M-mas eu não apertei o espelho tanto assim, doutores!

- Tá pensando o que eu tô pensando, Crazy?

- Acho que tô, Worst!

- O que vocês estão pensando? Que eu sou desastrada?

- Não, Fran! Acho que você...

- Diga logo, Worst!

- Acho que você adquiriu alguns superpoderes, Fran!

- Como pode ser isto, Crazy?

- Na ficção pode tudo, Fran... por mais inverossímil que pareça!

- Você disse tudo, Crazy!

- Obrigado, Worst... é só ler qualquer novelinha desse autor aqui que
teremos certeza disso! Hahahahahaha!

- É mesmo, Crazy! Esse cara escreve cada bobagem! Hahahahahahaha!

- Acho que ele não teve infância, Worst! Hahahahaha!

- E se teve, Crazy, deve ter feito miserinhas! Hahahahaha!

- É por isso que ele não escreve suas memórias, Worst! Hahahahahahaha!

- Também acho, Crazy! Hahahahahahaha!

- Ei! Vocês podem me dar um pouco de atenção?

- Diga, Fran! - Falaram os dois cientistas ao mesmo tempo.

- E agora, rapazes? O que faremos?

- Você, eu não sei, Fran, mas eu vou descer pra jantar!

- Eu vou com você, Worst!

- Calminha aí! Esqueceram que ainda não fiz o jantar?

- E agora, Fran? Tô com fominha!

- Eu também, Crazy!

- Ninguém aqui vai dormir sem comer alguma coisa! Nem que seja uma...
sopa de miojo!

- Oba! Fran vai fazer o jantar pra nós!

- Nada disso, Worst... eu vou pedir alguns pastéis na barraca do Seu
Rho Drigg!

- Oba! Eu quero de quatro queijos, Fran!

- Uau! E eu quero de filé au proivre, Fran!

E todos desceram para "jantar"...

_ * _

Depois que os pastéis chegaram...

- Eu quero três, Fran!

- Esse Crazy é guloso, né, Fran?

- Sem discussão! Cada um ganhará dois pastéis e pronto!

- Poxa, Fran! Só doiszinhos?

- Você sabe que esses pastéis são grandes, Crazy!

- Mas minha fome é maior do que dois deles, Fran!

- Sim, morte gulosa! Mas vai comer apenas dois, Crazy! Tome!
Tome aqui os seus, Worst!

- Obrigado, Fran! Mesmo que eu não encha minha barriga, eu não vou
reclamar, viu Fran?

- Certo, Worst! Você é um bom garoto! Tomem aqui os sucos!

E após comerem o lanche...

- Bem, doutores... quando farei os exames?

- Amanhã, Fran! já está muito tarde e estamos com soninho!

- Vão pro quarto que eu levo os ursinhos de pelúcia de vocês!


Continua...

A Terra dos Perdidos

Capítulo VI


A primeira providencia do piloto foi acalmar os passageiros...

Luís (Ao microfone) - Olá, pessoal! Graças às minhas habilidades
como aeromodelista e à inestimável ajuda de Nelita, consegui pousar
esta velharia! Podem soltar os cintos e reclinar as poltronas!

Assim que Luís e Nelita chegaram na cabine de passageiros, foram
recebidos com palmas, gritos de viva e cantoria...

Todos - PLAC PLAC PLAC! VIVA VIVA VIVA! PLAC PLAC PLAC!
Luís é bom companheiro, Luís é bom companheiro,
Luís é bom companheirooooooo... ninguém pode negar!
PLAC PLAC PLAC! VIVA VIVA VIVA! PLAC PLAC PLAC!

Luís - Obrigado, obrigado!
Eu sei que sou demais, mas a Nelita também tem seus méritos!

Todos - PLAC PLAC PLAC! VIVA VIVA VIVA! PLAC PLAC PLAC!
Nelita é boa companheira, Nelita é boa companheira,
Nelita é boa companheiraaaaa... ninguém pode negar!
PLAC PLAC PLAC! VIVA VIVA VIVA! PLAC PLAC PLAC!

Nelita - Obrigada, gente! Estou sem palavras...

Luís - Ótimo, Nelita! Assim a gente adianta as coisas!
Bem, pessoal! Vamos abrir as portas e dar uma olhada lá fora!
Aeroboas... cuidem disso, sim?

Malu - Faremos isso agora mesmo, Comandante Luís!

E as aeromoças foram abrir as portas da aeronave. Alguns minutos
depois Nazaré veio ao encontro de Luís...

Nazaré - Luís... tem uns caras da Caixa Econômica Federal aí fora
procurando o autor dessa novelinha!

Evangel - Porra! Esses caras não perdem tempo!

Rebeca - Será que querem patrocinar sua novelinha, Luís?

Audaí - Será que vieram apreender o avião por falta de pagamento?

Madréa - Acho que vieram vender alguns imóveis pra gente!

Marlene - Mas a gente ainda nem desembarcou!

Luís - Não é nada disso, amigos! Esse pessoal é da CEF - Central de
Efeitos Fictícios que contratei para colocar um tapete de asfalto sob
a areia dessa praia para que pousássemos em segurança!

Evangel - Só porque eu falei que não havia como pousar na areia, não
foi, Corno Velho?

Luís - Foi! Você acha que eu perderia a chance de calar sua boca?

Evangel - Sua sorte é que isso aqui é uma novelinha, aliás, muito da
mixuruca, por sinal!

Luís - Mixuruca é sua... seu salário!

Marilza - Calma, rapazes! Vamos levar essa novelinha a bom termo!

Malu - Também acho!

Margô - Luís... os caras querem que desembarquemos para que eles
possam empurrar o avião e tirar o tapete de asfalto!

Luís - Vocês ouviram... vamos descer, cambada!

Sílvia - Por qual escada?

Stella - Eles trouxeram duas escadas e já estão nos lugares!

Pat Vision - Vamos lá, gente... fazendo o trenzinho!

E, um a um, os passageiros desembarcaram. Uma vez lá embaixo, as
aeroboas levaram a cegaiada para uma sombra sob alguns coqueiros.
Os homens da CEF empurraram o avião, tiraram o tapete de asfalto e
o enrolaram, colocando-o num grande helicóptero que os aguardava ...

- Senhor Luís... aqui está a fatura! Vai pagar em espécie ou vai pôr
no cartão?

Luís - No cartão! Margô, resolva isso! Aqui está minha carteira!

Margô - Coloca em qual cartão?

Luís - Ponha no Virtual Card!

_ * _

Margô resolveu tudo e o helicóptero da CEF alçou vôo levando os homens
e o tapete de asfalto em seu interior...

Ezequiel - Essa agora eu não entendi!

Dudinha - Você não entende nada mesmo, garoto!

Danilo - O que você não entendeu, Ezeq?

Ezequiel - Esse helicóptero foi embora e nos deixou aqui!

Danilo - Ora, Ezeq... se a gente fosse no helicóptero essa novelinha
acabaria logo!

Evangel - E o Corno Velho não poderia mais encher lingüiça contando
essas besteiras que conta em suas novelinhas! Hahahahaha!

Marlene - Mas que todo mundo gosta de ler, né, Evangel? Hahahahahaha!

Evangel - Porque queremos prestigiar o cara, né, Marlene? Hahahahaha!

Luís - Vai procurar sua turma, Evangel!

Evangel - Eu estou aqui com minha turma... pelo menos, em parte!

Luís - Então ponha-se no seu lugar de personagem desta novelinha e
deixe que eu coloque em sua boca...

Evangel - Você vai colocar é na sua...

Ezequiel - Pegou ar! Hahahahahaha!

Luís - Calma, Evangel... estou falando dos diálogos! Hahahahahaha!

Danilo - Aí a coisa pega! Hahahahaha!

Ezequiel - Tudo está muito bom, mas eu estou com fome!

Dudinha - Fica quieto, Ezequiel!

Evangel - É isso mesmo, Dudinha! Que hora sai o rango, gente?

Malu - Sinto dizer a vocês que no avião não tem mais comida...

Pat Vision - E nem bebida!

Caldeira - E essa agora?

Stella - Tenho certeza que não passaremos fome! Há muitas árvores
frutíferas por aqui!

_ * _

Enquanto essa discussão rolava, no outro lado Margô foi chamada por
Andréa...

Andréa - Margô, preciso pegar a Babi!

Margô - O quê? Que Babi?

Andréa - Minha cadelinha! Ela está no compartimento de bagagem!

Patricinha - E o Shopsom também, Margô!

Luís - Vocês trouxeram seus animais de estimação?

Andréa - Claro! Você acha que eu iria ficar longe dela tanto tempo?

Patricinha - Eu também não gosto de ficar longe do Shopsom por muitos
dias!

Luís - Mas a gente ia passar só alguns dias...

Rebeca - Conte outra, Luís! Quem lê suas novelinhas sabe como você
demora para escrever os capítulos, Lindinho!

Luís - Ô língua! Isso não vem ao caso!

Andréa - Como não? Nem por horas gosto de me afastar da Babi!

Patricinha - Nem eu do meu Shompsom!

Margô - Luís, agora não tem mais jeito! Vou soltar os bichinhos!

Andréa e Patricinha - Nós iremos com você, Margô!

E Margô, acompanhada por Andréa e Patricinha, foi até o avião. Pegou
a escada e a colocou diante da porta do compartimento de carga. Abriu
a porta e entrou...

Margô - Aqui, Babi... aqui, cachorrinha!

Babi - Au au au!

E a cadelinha correu na direção de Margô e foi carregada por esta.
Margô desceu a escada e a entregou para Andréa. ..

Andréa - Oh, Babi... quanta saudade!

Babi - Au! Au! - latiu a cadelinha, abanando o rabo de alegria.

Margô - Agora vou buscar o gato!

Voltou a subir a escada e a entrar no bagageiro...

Margô - Aqui, Shompsom... aqui, gatinho!

Shompsom - Miau! Miau!

O gatinho correu na direção de Margô que o pegou nos braços e desceu
a escada e o entregou para Patricinha...

Patricinha - Oh, Shompsom... quanta saudade!

Shompsom - Miau! - respondeu o gato aninhando-se nos braços de sua
dona.

Margô - Vou deixar a porta aberta para depois virmos pegar nossas
bagagens! Mas isso aqui está uma zona... a maior bagunça!

Andréa - Como assim, Margô?

Margô - Tem mala caída pra tudo que é lado... e ainda tem uns fios
soltos! Vamos voltar pra junto do povo!

_ * _

Margô voltou com as meninas pra junto do pessoal. Tanto Babi quanto
Shompsom estavam nos braços de suas donas e ficaram quietinhos...

Malu - Luís, o povo está reclamando por comida

Luís - Essa gente só pensa em comer!

Wil - Saco vazio não fica em pé, ô baiano!

Antonio José - E quem fica calado não diz a que veio!

Luís - Margô, vê se resolve mais esta!

Margô - É o seguinte, gente: eu, Pat Vision, Nazaré e Nelita sairemos
atrás do que comer. Stella e Malu ficam aqui com vocês!

Mergulhador - Ainda bem que ficamos na sombra!

Marlene - Meninas, vejam também se acham água potável!

Pat Vision - Lembrou bem, Marlene. Vou com Nelita no avião pegar umas
garrafas vazias para trazer água!

Margô - Depois vocês nos seguem! Iremos por ali! - disse apontando.

Nelita - Certo, Margô!

_ * _

Meia hora depois as meninas estavam de volta trazendo frutas e água. O
alimento foi dividido irmanamente por elas e todos saciaram a fome e a
sede. Alguns, recostados nos coqueiros, já tiravam um cochilo...

Luís - Bem, pessoal, segundo Nelita, isso aqui é uma ilha e como já
percebemos, tem um clima tropical!
Agora alguns de nós irão com as meninas explorar os arredores e...

Pat Vision - Aqui perto está a foz de um rio de águas límpidas!

Margô - Tem uma variedade incrível de frutas e plantas comestíveis!

Stella - Além desses coqueiros aqui!

Nazaré - Acho que podemos fazer nosso acampamento aqui mesmo!

Luís - Acho uma boa idéia!

Marlene - E dormiremos onde? Aqui tem algum hotel cinco estrelas?

Margô - De cinco, não, Marlene, mas de milhares! Hahahahaha!

Andréa - É isso aí, Marlene! Vamos dormir ao relento?

Luís - Temos duas opções: dormir no avião ou aqui fora! É só escolher!

Nelita - Quem quiser ir conosco explorar a ilha, levante o braço!

Pat Vision - Antonio José, Audaí, Evangel, Luís, Marilza,, Sílvia,...

Margô - Acho que está bom assim!

Malu - Eu ficarei aqui com o resto do pessoal!

Stella - Eu também!

Luís - Então vamos lá!

Margô levou Antonio José; Pat Vision guiava Luís; Nazaré era puxada
por Evangel e Nelita vinha atrás com Sílvia. Logo o grupo desapareceu
entre as árvores. No acampamento a conversa continuava...

Edson Música - Eu não ficarei aqui! Vou me mandar!
Alguém quer ir comigo?

Rita Mendes - Eu topo!

Salvador - Nós também iremos, né, Lígia?

Lígia - Claro, Sal!

Reinaldo - Eu também vou me mandar!

Elaine - Se você for, Paizão, eu vou com você!

Reinaldo - Certo, Elaine!

Ezequiel - E como vocês irão? Nadando? Hahahahaha!

Dudinha - Cala a boca, garoto!

Edson Música - Esse autorzinho dará um jeito, Ezequiel!

Ezequiel - Será? Cuidado que ele pode jogá-los aos tubarões! Hahahaha!

Dudinha - Deixa de viajar na maionese, garoto!

Danilo - Nunca se sabe o que acontece na cabeça de um autor, Ezeq!

Ezequiel - Ainda mais na do Luís! Hahahahahahaha!

_ * _

Caldeira - Será que tem algum boteco por aqui, Francisco?

Francisco - Deixe o povo voltar que a gente pergunta!

Abílio - Se não tiver um boteco por aqui a gente inventa!

_ * _

Andréa - Droga! Meu celular descarregou!

Marlene - O meu também!

Patricinha - Andréa, segure a Babi... ela está rosnando pro Shompsom!

Andréa - Ela só quer brincar com seu gatinho, Patricinha!

Patricinha - Rosnando desse jeito?

Andréa - Ela é mansa, Pat!

Patricinha - Imagine se fosse brava, né, Déa?

_ * _

Marilza - Essa sombrinha está uma delícia!

Audaí - Tá dando é sono!

Érica - Eu já tô cochilando!

Mila - E eu também! Uauuuuuu!

_ * _

Luzia, Marcão, Madréa, Nice e Virgínia já roncavam, recostadas nos
coqueiros. Devair, Samira, Ricardo, Renato, Tiago, Caco, Joaquim, Ana
Lúcia, Aline, Carmem, Rita Gonçalves, Leonardo, Mergulhador e Wil
levados num "trenzinho" por Stella,foram deitar-se dentro do avião.
Danilo, Ednilson e Marlene Garcia conversavam com Rebeca sob a sombra
duma mangueira...


Continua...

Madame Mínima, a bruxinha baixinha

Capítulo VI


Ainda intrigada com a presença daquele bruxo que lhe pareceu familiar,
Madame Mínima ia descendo do palco para fazer a abertura da CAMBADA,
mas Rô, o Exu Alecrim, através de um gesto indicou-lhe que fizesse
um discurso. Mínima voltou ao centro do palco e soltou o verbo...

- Companheiras e companheiros bruxas, bruxos, magas, magos, druidas,
feiticeiras, feiticeiros, alquimistas e aderentes presentes... é com
grande honra e satisfação que presido a CAMBADA este ano!

PLAC PLAC PLAC! FIUIII FIUIII FIUIII! UUU UUU UUU! plac plac plac!

- Obrigada, obrigada! Quero deixar claro que fui escolhida para ser a
Bruxa-Mor da CAMBADA deste ano por mérito próprio, por minha modéstia,
por ser a protagonista dessa novelinha, por ser elegante, bonita e
gostosa...

PLAC PLAC PLAC! FIUIII FIUIII FIUIII! UUU UUU UUU! plac plac plac!

- Segundo diz o autor dessa historinha, poucos aqui protagonizaram ou
protagonizam filmes, livros, seriados, desenhos animados ou mesmo
novelinhas abestadas como esta!

PLAC PLAC PLAC! FIUIII FIUIII FIUIII! UUU UUU UUU! plac plac plac!

- E, para finalizar, quem não gosta de mim que se lasque!

PLAC PLAC PLAC! FIUIII FIUIII FIUIII! UUU UUU UUU! plac plac plac!

- Logo descerei pra fazer a abertura da CAMBADA, mas antes mais
algumas palavrinhas!

PLAC PLAC PLAC! FIUIII FIUIII FIUIII! UUU UUU UUU! plac plac plac!

- O Círculo Mágico garante nossa proteção durante nossos rituais. Ao
ser aberto, nada pode nos atacar e nada sai e nada entra. Sendo um
círculo, não há começo nem fim. No momento de sua abertura deve ser
visto como uma espécie de bolha que penetra no solo e acima de nossas
cabeças. A energia gerada fica dentro dele e poderemos constatar a
presença desta energia pela temperatura dentro do Círculo Mágico que é
um lugar sagrado, no qual devem ser feitas as celebrações, os rituais
e o trabalho mágico. Não há uma fórmula fixa para a abertura dele,
depende do bruxo ou do coven (grupo de bruxos)!

PLAC PLAC PLAC! FIUIII FIUIII FIUIII! UUU UUU UUU! plac plac plac!

Madame Mínima desceu do palco e dirigiu-se ao local escolhido para
abrir-se o Círculo Mágico e iniciou os trabalhos com este fim. Com o
athame na mão direita, caminhou lentamente em círculo, no sentido
horário, depois foi, aos poucos, acelerando a caminhada. Parecia
visualizar a energia saindo do seu athame e ia marcando os limites do
círculo, enquanto falava...

- Com esse athame abro o círculo. Que todas as coisas prejudiciais à
realização desta cerimônia fique de fora. Que este círculo proteja a
todos nós. Agradecemos à Deusa Mãe sua presença!

PLAC PLAC PLAC! FIUIII FIUIII FIUIII! UUU UUU UUU! plac plac plac!

- Salvem os guardiões das torres do Leste. Venham se juntar a nós
neste círculo. Poderes do ar, vinde aqui! Vigiem este espaço! Nós os
saudamos!

Salvem os guardiões das torres do Sul. Venham se juntar a nós neste
círculo. Poderes do fogo, vinde agora! Vigiem este espaço! Nós os
saudamos!

Salvem os guardiões das torres do Norte. Venham se juntar a nós neste
círculo. Poderes da terra, vigiem este espaço! Nós os saudamos!

Salvem os guardiões das torres do Oeste. Venham se juntar a nós neste
círculo. Poderes da água, protejam este espaço! Nós os saudamos!

Após dizer essas palavras em tom invocativo, Madame Mínima desenhou no
ar o pentagrama de invocação e, magicamente, aquele círculo, antes
imaginário, transformou-se num grande círculo relvado tendo ao centro
uma grande fogueira, cujas chamas iluminavam o nevoeiro que se formara
sobre o círculo e escondera os raios prateados da majestosa lua cheia
que, fazendo companhia às estrelas, brilhava no céu. Um forte perfume
de ervas aromáticas espalhou-se no interior do círculo. O calor da
fogueira transformou aquela área mágica numa espécie de bolha de luz
que, encoberta pelo espesso nevoeiro, escondia dos olhares curiosos o
que acontecia ali dentro. Mínima, seguida pela CAMBADA, adentrou
o círculo e todos postaram-se à volta da fogueira. Num ritual mágico
perfeitamente sincronizado, segurando suas varinhas de condão,
levantaram e abaixaram lentamente os braços por treze vezes. Depois,
dando as costas às chamas, como numa coreografia rítmica, caminharam
lentamente sete passos para o Norte. Agacharam-se devagar e, voltando
a ficar em pé, repetiram todo esse ritual nas direções Leste, Sul e
Oeste, retornando às suas posições de origem diante do fogo sagrado.
Mais uma vez levantaram suas varinhas mágicas e, repentinamente, uma
tempestade, seguida de coriscos e trovões, irrompeu fora do círculo
mágico, tornando-o ainda mais intransponível aos olhos alheios a esta
realidade mística. Por cerca de três horas a CAMBADA cantou e dançou
nesta véspera do dia-de-todos-os-santos.
Após as invocações individuais a CAMBADA aquietou-se e Madame Mínima,
diante das chamas, deu início ao fechamento do Círculo Mágico Sagrado.
Elevando o athame com a mão esquerda, caminhou lentamente em círculo,
no sentido anti-horário, enquanto, aos poucos, acelerava os passos e
agradecia à Deusa Mãe e aos Elementos suas presenças...

- Salvem os guardiões das torres do Leste. Poderes do ar, agradecemos
suas presenças aqui como guardiões do nosso círculo. Vão em paz,
Senhores, com nossas bençãos e agradecimentos!

Salvem os guardiões das torres do Sul. Poderes do fogo, agradecemos
suas presenças aqui como guardiões do nosso círculo. Vão em paz,
Senhores, com nossas bençãos e agradecimentos!

Salvem os guardiões das torres do Norte. Poderes da terra, agradecemos
suas presenças aqui como guardiões do nosso círculo. Vão em paz,
Senhores, com nossas bençãos e agradecimentos!

Salvem os guardiões das torres do Oeste. Poderes da água , agradecemos
suas presenças aqui como guardiões do nosso círculo. Vão em paz,
Senhores, com nossas bençãos e agradecimentos!

Dou por encerrada a Convenção Anual dos Magos, Bruxas, Alquimistas,
Druidas e aderentes deste ano!

PLAC PLAC PLAC! FIUIII FIUIII FIUIII! UUU UUU UUU! plac plac plac!

Após essas palavras, Madame Mínima desenhou no ar o pentagrama de
expulsão, sentindo a energia voltar ao seu athame. No mesmo instante o
círculo de relva e a fogueira desapareceram, o nevoeiro se desfez e o
temporal dissipou-se sem deixar qualquer indício de chuva naquelas
dunas brancas e novamente a lua voltou a reinar majestosa entre as
estrelas.

A CAMBADA, após o fechamento do Círculo Mágico Sagrado, dirigiu-se ao
local onde foi servido um excelente "coffee-break". Ali, finalmente,
os amigos puderam encontrar-se para colocar a conversa em dia, isto é,
fofocar, afinal, a CAMBADA é gente como a gente.
Numa rodinha conversavam Madréa, Manblind, Frater Aamon, Brusílvia e
Rô, o Exu Alecrim. Madame Mínima aproximou-se deles...

- E aí, gente... gostaram da CAMBADA?

- Quem não gosta dessa CAMBADA não gosta do que é bom, Mínima!

- É verdade, Aamon! Essa CAMBADA é nota mil! - complementou Madréa.

- Eu gravei algumas coisinhas para apresentar no meu programa dessa
manhã! - falou Brusílvia.

- Bem, pessoal, tenho que deixá-los!

- Está indo embora porque eu cheguei, Manblind?

- Não, Madame Mínima... eu creio que nossa diferença será tratada em
um outro capítulo!

- E por que não resolvemos logo essa parada, aqui e agora?

- Porque o autor não quer, né, Mínima?

- Sabe, Rô, embora eu goste do Luís Campos, às vezes ele me cansa com
essa mania de fazer suspense besta em suas novelinhas!

- Ora, Mínima... é o estilo do cara, né?

- Um estilo muito bobo, isso sim, Brusílvia!

- Antes que a conversa caia de nível, eu vou me picar!

- Essa é uma indireta, Manblind?

- Não, Mínima... é só pra mostrar que já estou falando o baianês!
Tchau!

- Tá cedo, Manblind. Vamos beber mais um pouco! - disse Aamon.

- Não posso, Frater Aamon. Prometi ao autor dessa novelinha que
voltaria pra casa o mais cedo possível!

- Deixe aquele corno velho se morder de raiva, Manblind! Aquele sacana
só vive em casa entocado e escrevendo essas besteiras!

- Não fale assim do Luís, não, Aamon. Ele é meu amigo e eu gosto
muito dele! - disse Mínima.

- Mas você acabou de falar mal do corno velho, Mínima!

- Mas só eu posso fazer isso, Aamon!

- O cara é um sacana, mas é gente boa, Aamon! - completou Rô.

- Você fala isso do Luís, Aamon, porque ele não é da sua laia, né, seu
cachaceiro? - falou Brusílvia.

- Eu também acho o Luís legal! - falou Madréa.

- O Luís Campos é muito porreta quando se é amigo de verdade! - disse
Manblind.

- Você fala isso porque, além de ser um personagem criado por ele, tá
hospedado na casa do cara, Manblind!

- Não é só por isso, Aamon. Realmente o cara é dez!

- Deixe o Aamon pra lá, Manblind... ele pensa que cachaça é água!
Hihihihihihi!

- É mesmo, Mínima! - Rururururu! - disse sorrindo Rô, o Exu Alecrim.

- Fui! Vocês são um bando de puxa-sacos desse autorzinho medíocre. Eu
ganho mais no boteco lá da rua! - falou Aamon deixando o local.

- Deixa ele ir, gente! Agora ele vai encher o rabo de cachaça e, como
faz todos os dias, dormir bêbado! - disse Brusílvia.

- Bem, também estou indo! Até um outro capítulo dessa novelinha ou
num dos capítulos da minha! Até mais ver, pessoal!

- Vá lá, Manblind! Tchau! - disse Madréa.

- Acho que também irei embora. Vamos, Madréa? Vamos, Rô?

- Vamos, Mínima! Tchau, Brusílvia! Vamos, Rô!

- Tchau, gente... não esqueçam de sintonizar no meu programa hoje,
ouviram? - falou Brusílvia saindo.

_ * _

Mínima, Rô e Madréa seguiram juntos até o local que as bruxas deixaram
seus bichinhos. Chegando ali, a surpresa: nem o Tridog nem o dragão
Danyl estavam lá. Elas se olharam, olharam em volta e...


Continua...