Nota do autor:
Esta novelinha tem como personagens alguns amigos e amigas DVs, bem
como videntes. Acontece que alguns faleceram, então decidi parar no
capítulo 10 para ver que rumo daria à mesma.
Penso em continuar a escrevê-la e creio que ainda este ano eu consiga
terminá-la. (Risos)
@ Capítulo VIII
Após caminharem cerca de uma hora por veredas abertas na mata pelos
animais e transpor uma pequena montanha, o grupo chegou a um vale...
Pat Vision - Olhem, meninas... sai fumaça daquela montanha!
Marlene - Deve ser um vulcão!
Malu - Vamos até lá!
Ezequiel - E se o bicho entrar em erupção?
Dudinha - Deixe de falar bobagem, garoto!
Sílvia - Ele tem razão, Dudinha!
Evangel - O vulcão vai entrar em erupção só porque um bando de cegos
está invadindo seu território! Hahahahahaha!
Ezequiel - Não é por isso, mas poderia, né?
Antonio José - Claro que poderia, Ezequiel, mas não acho que vá
acontecer!
Nice - Acho bom a gente sair daqui!
Aline - Eu também acho... não quero virar churrasquinho!
Renato - Não esqueçam que estamos a oeste do nosso ponto de partida!
Ricardo - E o que isso tem a ver com o vulcão?
Renato - Eu não sei, mas o autor achou por bem me dar essa fala!
Evangel - Se falarmos todas as bobagens que esse autor escreve, estamos
lenhados! Hahahahaha!
- Hahahaha hehehehe hihihihi hohohoho rárárárá rêrêrêrê riririri kkkk!
Quase todos riram...
Nelita - Eu não achei graça!
Luís - Nem eu! O melhor é irmos até o vulcão ao invés de ficarmos
fazendo conjeturas!
Nelita - Também acho! Vamos lá... palhaços!
Evangel - Dona Maria retou-se! Hahahahaha!
Luís - Fique quieto, seu passarinho comedor de bosta!
Evangel - O Corno Velho também se retou! Hahahahaha!
Pat Vision - Vamos organizar o trenzinho, gente!
Malu - É isso aí, Pat!
E o grupo voltou a caminhar, dirigindo-se à montanha do vulcão...
Nelita - Não há muita diferença entre este lugar e o de ontem!
Marlene - Mato é tudo igual!
Pat Vision - Como lá, aqui também tem muitas árvores frutíferas!
Malu - Mas lá também tinha um canavial?
Nelita - Eu não vi, mas tinha laranjeiras, videiras, abacateiros,
goiabeiras, mangueiras e outras espécies de árvores frutíferas!
Pat Vision - Eu vi melões, mamões, amoras, melancias, bananas... e
um bocado de plantas interessantes!
Nelita - Também vimos lebres, raposas, pombos, papagaios e muitas
outras espécies de aves!
Evangel - Fome eu sei que não passo! Hahahahaha!
Luís - Do jeito que você come, nós é que passaremos fome! Hahahahaha!
Ezequiel - Pegou ar, mas rimou! Hahahahaha!
Depois de uma hora de caminhada, o grupo iniciava a subida da escarpa
que os levaria à cratera do vulcão...
Nice - Que fedor!
Luís - Deve ter sido Evangel! Hahahahahaha!
Evangel - É você que ainda não tomou banho, seu Corno Velho!
Aline - Desde que essa novelinha começou, ninguém aqui tomou banho!
Luís - Não se preocupem... quando voltarmos todos que queiram tomarão
banho!
Meia hora de subida e palmo e meio de língua pra fora, o grupo chegava
à boca do vulcão...
Malu - Dá pra descer e chegar pertinho da fenda!
Quem se aventura?
Luís - Eu vou descer... quero fazer um teste!
Sílvia - Se aqui já tá quente, imagine lá!
Marlene - Deve estar quente pra chuchu, mas eu vou lá ver!
Nelita - Eu vou com você, Luís!
Malu - Mais alguém quer descer?
Evangel - Se o Corno Velho vai, eu também vou!
Pat Vision - Eu também vou descer!
Ezequiel - Eu irei com vocês!
Dudinha - Fica quieto, garoto!
Ezequiel - Eu não... quero pegar um pouco de ar... quente! Hahahahaha!
Enquanto os demais membros do grupo ficaram aguardando na borda da
cratera, os sete desceram até a fenda. Esta tinha cerca de trinta
centímetros de diâmetro, expelia uma coluna fina de fumaça e em seu
interior ouvia-se o borbulhar de lava fervendo. O calor era intenso,
mais os sete ousados chegaram a cerca de um passo da fenda...
Malu - Que maravilha!
Marlene - Dá pra cozinhar qualquer coisa! Hahahahaha!
Luís - Foi isso que vim averiguar, Marlene!
Evangel - Só que parece ser um pouco longe de onde estamos!
Nelita - Se ficarmos no vale que estivemos ontem, estaremos bem perto
daqui!
Luís - Como você sabe disso?
Nelita - Lá da borda da cratera eu vi as grutas que descobrimos ontem!
Malu - Então deve haver um caminho que seja mais rápido para chegarmos
aqui!
Nelita - Lá de cima se avista a praia e o vale que fomos ontem!
Pat Vision - Se descermos pelo outro lado, chegaremos lá!
Luís - Então façamos assim!
Malu - Vamos subir e pegar o restante do pessoal!
E assim foi feito. Guiado por Malu, Nelita e Pat Vision, o grupo
foi a té o outro lado da cratera e iniciou a descida por uma senda que
descobriram na escarpa do morro...
Nelita - Olha ali, gente... cabras e bodes!
Evangel - Oba! Carne não vai faltar! Hahahahaha!
Ezequiel - Você tem é que comer frutas, Evangel!
Evangel - Desde que pousamos nessa ilha é só o que tenho comido!
Quero carne... carne... carne!
Luís - O cara é um animal carnívoro! Hahahahaha!
Evangel - Não esqueçam que tem muita ave por aí que é um bom petisco!
Hahahaha!
Luís - É mesmo... a gente pode comer um pardalzinho! Hahahahaha!
Evangel - Você vai comer é um jegue, seu Corno Velho!
Após uns quinze minutos de descida, estavam no vale que haviam visitado
no dia anterior...
Nelita - Olhem... um gêiser!
Pat Vision - Ali tem mais alguns!
Marlene - Que bom... água quente para o banho! Hahahahahaha!
Luís - Boa pedida, Marlene! Hahahahaha!
Pat Vision - Mas ontem não vimos nenhum!
Nelita - Esqueceu que viemos por outro caminho?
Pat Vision - É mesmo!
Nelita - Para quem não sabe, o vale que vamos morar é aqui!
Luís - Nelita, vamos até as cavernas!
Nelita - Elas estão logo ali, naquele paredão!
Pat Vision - Pelo que vi lá de cima, a praia está por trás desse
paredão, Nelita!
Nelita - É isso mesmo. Se formos beirando o rio, chegaremos na praia!
Marlene - Eu quero ir até o rio!
Nelita - Logo estaremos lá, Marlene!
Mais cinco minutos de caminhada e estavam todos sentados na relva que
margeava o rio, sob a sombra de algumas árvores...
Sílvia - Que brisa deliciosa!
Antonio José - Vou deitar um pouquinho!
Evangel - Ninguém vai comer nada? Tô faminto!
Pat Vision - Evangel... vou buscar alguma coisa para comermos!
Venha comigo!
Ezequiel - Eu também vou, Pat!
Pat Vision - Pode vir, Ezequiel!
E Pat, guiando os dois, saiu em busca de algum alimento...
Malu - Pelo visto, esse vale é o local mais apropriado para ficarmos!
Nelita - Também acho! Temos água, podemos nos proteger da chuva, dos
animais ferozes e temos o que comer!
Luís - Acho que as meninas têm razão! O que vocês acham?
Marlene - Quem tá na chuva é pra se queimar, né? Hahahahahaha!
Antonio José - Acho que seja uma decisão sensata!
Sílvia - Se as meninas que enxergam acham que aqui seja o melhor lugar
para ficarmos, concordo com elas!
Dudinha - Eu estou de acordo!
Luís - E os demais, o que acham da idéia de nos estabelecermos por
aqui?
Renato - Acho que é isso mesmo!
Ricardo - Eu fico com a maioria!
Nice - Como disse Sílvia, se as meninas acham que aqui está ótimo, sou
a favor!
Aline - Tô com vocês!
Luís - Creio que o pessoal que ficou no avião irá concordar com a
escolha!
Malu - Lá é que não podemos ficar, certo?
Nelita - É isso mesmo!
Logo Pat Vision, Evangel e Ezequiel chegavam trazendo alguns cachos de
uva e distribuía entre o pessoal. Após empanturrar-se de uvas, o povo
deitou-se na relva curtindo a brisa que soprava...
Luís - Nelita, vamos até as cavernas?
Nelita - Vamos! Alguém mais quer ir?
Marlene - Eu irei com vocês!
Nelita - Mais alguém?
Como o povo ficasse calado, Nelita levantou-se, pegou Luís e Marlene e
iniciou a caminhada até o paredão. Subiram uma ribanceira e logo eles
estavam num pequeno platô...
Nelita - Aqui estão as cavernas!
Luís - Quantas deve ter, Nelita?
Nelita - Acho que tem umas nove!
Marlene - Vamos explorar algumas!
Luís - A idéia é esta, Marlene! Vamos primeiro naquela que você acha
que seja a maior, Nelita!
Nelita - Tudo bem! Vamos ver primeiro as da direita!
Eles andaram um pouco e entraram numa das cavernas...
Luís - Nelita, eu quero andar de uma parede a outra para ter idéia da
largura!
Nelita - Certo!
Marlene - Eu estou vendo que esta é bem alta!
Nelita - Se não me engano, é também a maior!
Luís - Se não tem estalagmite no piso, também não terá estalactite no
teto da caverna... ótimo!
Nelita - E daí?
Luís - Daí que, se chover, não nos molharemos!
Nelita - As que passamos também não tinham essa tal de estalagmite!
Marlene - Maravilha! Isto significa que teremos excelentes "casas"!
Luís - Nelita, veja se tem teias de aranhas nos cantos do teto e se há
cocô de morcego no chão!
Nelita - Tem algumas teias, mas nenhum cocô no chão!
Luís - Isso é bom!
Nelita - Por que?
Marlene - Porque também não deve ter baratas! Argh!
Luís - Vamos entrar mais um pouco, Nelita!
Nelita deu o ombro a Luís e Marlene os seguiu. Eles entraram uns cinco
metros e começaram a descer um pequeno declive. Mais uns oito metros e
Nelita parou. Embora estivesse um pouco escuro, deu para ela ver que
havia água à frente...
Nelita - A caverna acaba aqui. Na nossa frente tem um pequeno lago!
Luís - Vamos até a beira da água, Nelita!
Nelita fez o que Luís pediu. Ele se abaixou e, com a mão em concha,
pegou um pouco de água e levou até a boca, provando-a...
Nelita - Você tem coragem de provar essa água?
Luís - Por que não? A água é morna e parece potável!
Marlene - Eu também quero provar!
E Marlene fez o mesmo que Luís...
Marlene - A água é boa para consumo... só é quente!
Luís - Nelita, você consegue ver o fundo desse lago?
Nelita - Até onde enxergo, parece que sim!
Luís - Amanhã eu trarei uma sunga... vou entrar nesse lago!
Nelita - Você é maluco?
Luís - Não tem perigo... eu sei nadar! Hahahahaha!
Nelita, veja se no teto tem alguma estalactite!
Nelita - Parece que não!
Luís - Então este lago deve ser um rio subterrâneo!
Marlene - Então é provável que exista também nas outras cavernas!
Luís - Tenho quase certeza!
Nelita - Acho melhor retornarmos pra junto do pessoal!
Luís - Vamos lá! Amanhã voltarei aqui!
Eles saíram da caverna, desceram a ribanceira e logo estavam junto ao
povo que ficara na beira do rio...
Luís - Voltamos, pessoal!
Pat Vision - Viu as cavernas?
Luís - Vi... e já escolhi a minha!
Marlene - Eu serei sua hóspede, Luís!
Luís - Ali dá pra morar pelo menos umas cinco pessoas!
Malu - Gente, já são quase quatro horas da tarde... acho bom voltarmos
pro avião!
Nelita - Podemos ir beirando o rio e chegaremos lá pela praia!
Pat Vision - Acho uma excelente idéia!
Luís - Então vamos logo!
Nelita - Quem quiser beber água, é só chegar até a margem do rio... a
água é fresquinha!
Formou-se, mais uma vez, três trenzinhos. Alguns pararam para beber
água e depois todos empreenderam a viagem de volta ao avião. Em questão
de minutos estavam andando pelas areias da praia...
Malu - Vejam... algumas tartarugas usam essa praia para desova!
Evangel - Tartaruga é um bom prato... e os ovos também!
Sílvia - Poxa, Evangel... nem as tartaruguinhas escapam da sua gula?
Hahahahaha!
Nelita - São tartarugas grandes, gente!
Luís - Nisso concordo com o Evangel, afinal, temos que nos alimentar,
né?
Antonio José - É isso aí... temos que ver todas as possibilidades de
sobrevivência!
Marlene - É verdade, afinal, não sabemos o que se passa na cabeça do
autor desta novelinha, não é?
Evangel - Esse Corno Velho é cheio de surpresas!
Ezequiel - Eu é que não como esse bicho!
Nelita - A gente terá que comer o que aparecer... embora eu prefira as
frutas!
Pat Vision - Olha lá o avião!
Como a tarde morria, o sol já pintava o céu com seu magnífico colorido
quando eles chegaram junto ao avião...
- - -
@ Capítulo IX
Após caminhar pela praia, finalmente o grupo chega ao local onde estava
o avião e o pessoal que não participara desta incursão...
Nice - A areia estava quente. Meus pés estão queimados!
Renato - Se você andasse mais perto da água, Nice, não queimaria seus
pezinhos!
Pat Vision - Aqui tem muita sombra, gente... sentem-se um pouco!
Ricardo - Ainda bem... tô bem cansado!
Evangel - Eu também tô quebrado!
Ezequiel - Com essa pança toda, não era pra menos! Hahahahaha!
Evangel - A mãezinha vai bem, né, Ezequiel?
Ezequiel - Muito bem, obrigado! Hahahahaha!
Sílvia - Eu estou inteirinha... pronta pra outra!
Luís - Amanhã você terá este prazer, Sílvia!
O pessoal que ficara estava espalhado: uns sob a aeronave, outros sob
os coqueiros e uns poucos dentro do avião. Margô foi ao encontro dos
que chegavam...
Margô - Vocês demoraram! Pensei que iriam passar a noite por lá!
Luís - Até que seria uma boa idéia!
Tem umas cavernas porretas por lá!
Nelita - E tem um rio de águas límpidas e fresca!
Tive vontade de tomar um banho!
Aline - Eu tive a mesma vontade, Nelita!
Ezequiel - Tomar banho pra quê?
Dudinha - Banho é questão de higiene, garoto!
Ezequiel - Bobagem? Você vê nas novelas da tevê alguém tomar banho?
Evangel - Eu acho que tem gente por aqui precisando de um banho!
Ezequiel - Você é o primeiro, Evangel! Hahahahaha!
Marlene - Eu também queria um banho... estou suada pra caramba!
Luís - Acho que todos precisamos nos banhar!
Malu - Amanhã, assim que mudarmos, tomaremos um banho coletivo naquele
rio maravilhoso!
Marlene - Boa idéia, Malu!
Nelita - Tô nessa!
Ezequiel - Vai ser uma festa! Hahahahaha!
Margô - Ainda bem que vocês chegaram... já está anoitecendo!
Luís - E como estão as coisas por aqui?
Nazaré - O Cisco Devair, o Caldeira e o Ednilson foram embora!
Marlene - Como assim?
Margô - Eles disseram que não ficariam nessa novelinha esperando que as
coisas acontecessem!
Andréa Sousa - Eles se embrenharam no mato dizendo que fariam as
coisas acontecerem!
Madréa - Eles vão é se perder nessa ilha, isto sim!
Marlene - Quer dizer que o Devair foi o pivô dessa confusão?
Evangel - Não se perde muito... ele vive dizendo que é um "cisquinho"!
Hahahahaha!
Ezequiel - A culpa é desse autorzinho... se ele escrevesse melhor e
mais assiduamente, isto não aconteceria!
Rebeca - Nada disto, Ezequiel! Tem gente que é assim mesmo!
Evangel - O companheiro humilde não fará falta! Hahahahaha!
Luís - Cada um sabe o que é melhor para si e escolhe seu caminho!
Amanhã iremos para o vale!
Ezequiel - Amanhã mudaremos de casa! Oba!
Andréa Sousa - E iremos nos abrigar onde?
Luís - Vamos mudar para o vale que estivemos hoje... tem umas cavernas
porretas por lá!
Rebeca - Eu é que não vou morar em caverna!
Danilo - Nem eu!
Luís - Quem não quiser morar nas cavernas terá que construir sua
cabana!
Danilo - Eu farei a minha!
Rebeca - E eu irei morar com você, bonitinho!
Margô - Eu ajudo, Danilo... mas vou morar com vocês!
Danilo - Tudo bem!
Luís - Acho uma boa idéia construirmos cabanas comunitárias!
Evangel - A união faz a força... e dá menos trabalho! Hahahahaha!
Marlene - Eu vou construir a minha... não gosto de dividir quarto!
Luís - Fiquei preocupado com o Devair, o Caldeira e o Ednilson. Eles
não sabem o que podem encontrar por aí!
Audaí - Eles já são bem crescidinhos e devem saber o que fazem, Luís!
Carmem - Fazer o quê? Eles quiseram assim, né?
Luís - Bem, vejamos o que devemos fazer agora!
Rebeca - Acho que você deve cuidar de concluir esta novelinha!
Luís - Ainda vai rolar muita água nesta historinha, Beca!
Marlene - Antes dessa água toda, que tal planejarmos nossa mudança?
Luís - Acho uma ótima idéia! Margô, convoque o povo para uma reunião!
Margô - É pra já!
Dez minutos depois estavam todos sentados sob o avião...
Luís - Estamos aqui para decidirmos nossa mudança. Como todos sabem,
descobrimos um vale que é aprazível, tem água potável, comida farta e
abrigos naturais...
Abílio - Cavernas, você quer dizer, né?
Luís - Isto mesmo!
Aline - E os bichos, Luís?
Luís - Não tem bicho nenhum, Aline... apenas umas aranhas, baratas e
morcegos!
Rebeca - Argh! Tô fora!
Ana Lúcia de Jampa - Eu também!
Luís - Isto já foi comentado acima: quem não quiser morar numa caverna,
construirá sua cabana!
Rita Gonçalves - E quem não quiser mudar para este vale, Luís?
Luís - Ninguém é obrigado a mudar. Quem não quiser ir, pode ficar aqui
ou tomar qualquer outra decisão!
Stella - Eu ficarei por aqui e quem quiser pode ficar comigo!
Margô - Acho melhor fazermos uma votação para ver quem vai e quem fica!
Sílvia - É isto aí, Margô!
Luís - Então vamos lá: quem vai conosco, levante o braço!
Malu, você faz a contagem!
Malu - Está bem: Além de nós dois, contamos com Abílio, Aline, Ana
Lúcia de Jampa, Antonio José, Audaí, Carmem, Danilo, Evangel, Ezequiel,
Francisco Luiz, Joaquim, Lucélia, Madréa, Marcão, Margô, Marilza,
Marlene, Mila, Nazaré, Nelita, Nice, Pat Vision, Patricinha, Rebeca,
Renato, Samira, Sílvia, Tiago e Wil!
Luís - Então está decidido: os demais ficam por aqui!
Malu - Vão ficar aqui, Andréa Sousa, Caco, Dudinha, Érica, Leonardo,
Luzia, Mergu, Ricardo, Rita Gonçalves, Stella e Virgínia!
Luís - Bem, pessoal... vamos cuidar de descansar porque amanhã teremos
muito trabalho!
A noite transcorreu calma. Uma imensa e magnífica lua cheia iluminava
as areias da praia e refletia na água do mar. Na manhã seguinte, por
volta das seis horas, todos haviam acordado e procuravam comer alguma
fruta...
Luís - Malu, você, Margô, Nazaré, Nelita e Pat Vision, por favor,
peguem no avião as malas e entreguem a seus donos. Também quero as
ferramentas que vocês encontrarem. Serão necessárias para fazer-se as
cabanas!
Margô - Vamos lá, meninas!
Meia hora depois todos que iriam para o vale estavam com suas bagagens
na mão. Patricinha, além da mochila, carregava Shompson. Houve uma
pequena algazarra na hora da despedida e algumas lágrimas rolaram...
Luís - Bem, pessoal... vamos lá! Vocês que ficam, se cuidem!
O grupo foi dividido em cinco "trenzinhos" que foram guiados por Malu,
Margô, Nazaré, Nelita e Pat Vision. Após uma hora de caminhada eles
estavam no vale...
Malu - Pronto, gente, estamos em nosso paraíso!
A "Terra dos Perdidos"!
Pat Vision - Realmente, Malu... este lugar é lindo demais!
Luís - Gostei do nome, Malu! "A Terra dos Perdidos" é bem apropriado!
Malu - É que me sinto assim nesta novelinha, Luís!
Ezequiel - Não se preocupe, Malu, logo seremos achados! Hahahahaha!
Evangel - Se depender desse autorzinho, nunca nos encontrarão!
Marlene - Se nos encontrarem, acaba a novelinha, né?
Luís - Você captou o espírito da coisa, Marlene! Hahahahaha!
Evangel - Eu não disse! Esse Corno Velho não tem mais o que fazer e
fica procrastinando suas novelinhas!
Luís - É para ver o interesse que despertam, Evangel! Hahahahaha!
Nelita - Que tal voltarmos à novelinha, gente?
Audaí - Também acho!
Luís - Ok, pessoal! Vamos dar continuidade à novelinha!
Meninas, gostaria que vocês escolhessem um local apropriado para
construirmos as cabanas. Lembrem-se que elas devem ficar em lugar alto
para evitarmos problemas com enchentes e chuvas. Vamos formar um grupo
para procurar madeira e palha que sirvam para fazer-se os barracos.
Sugiro que Malu e Pat Vision levem os rapazes para carregar o material
que encontrarem!
Malu - Vamos lá, meninos!
Malu e Pat Vision saíram guiando Abílio, Antonio José, Danilo, Evangel,
Ezequiel, Francisco Luiz, Joaquim Cardoso, Marcão, Renato, Tiago Cocci
e Wil. Nazaré e Margô, com a ajuda de Aline, Ana Lúcia de Jampa,
Audaí, Carmem, Lucélia, Madréa, Marilza e Marlene ficaram limpando o
terreno onde seriam construídas as cabanas. Nelita, Luís, Mila, Nice,
Patricinha, Samira e Sílvia foram inspecionar as cavernas. Rebeca que,
numa cadeira de rodas pouco poderia fazer, ficou sob uma palmeira,
observada de perto por Margô. As malas, mochilas e as ferramentas foram
colocadas numa das cavernas. Nelita, com algumas palhas de coqueiro,
fez algumas vassouras para varrer as cavernas. Ela também pegou alguns
gravetos, folhas e palhas, fez pequenas fogueiras e as colocou em
cinco das oito cavernas ali existentes. Depois, com o fósforo que Luís
emprestou, acendeu as fogueiras para obrigar os morcegos e baratas a
abandonarem os recintos. Foi uma debandada só... os morcegos voaram
e foram abrigar-se nas cavernas que não haviam fogueira. As baratas e
aranhas fizeram o mesmo trajeto. Assim que as fogueiras acabaram de
queimar, Nelita e as meninas varreram o chão, deixando-o limpinho e
tiraram as teias dos cantos das paredes. Por volta do meio-dia as cinco
cavernas estavam limpinhas e prontas a serem habitadas.
Enquanto as meninas descansavam, Nelita pegou algumas frutas e água
para todo mundo...
Nelita - Agora as cavernas estão habitáveis!
Luís - Eu fico nesta aqui... parece que é a maior e ainda tem aquela
água quentinha lá embaixo!
Nelita - Deixe de ser bobo. Em todas que limpamos tem água quentinha no
fundo!
Mila - Que maravilha!
Samira - Eu fico com o Luís!
Sílvia - Eu também quero morar com vocês!
Nice - Eu vou ficar aí do lado!
Patricinha - Eu e o Shompson podemos ficar com você, Nice?
Nice - Sem problema, Pat!
Mila - Eu ficarei na terceira caverna!
Luís - Bem, meninas, temos que procurar uns galhos finos para fazermos
nossas camas!
Nelita - Assim que acabarmos de comer iremos atrás disto!
- - -
@ Capítulo X
A conversa na caverna continua...
Luís - E eu farei nossas camas... com a ajuda de vocês, claro!
Sílvia - Eu ajudo, Lu!
Mila - Todas ajudaremos ao nosso bravo escoteiro! Hahahahaha!
Luís - Obrigado, meninas! Além dos galhos, precisaremos de cipós e
palhas de coqueiro ou de palmeiras!
Nelita - Sei onde tem tudo isso!
Sílvia - Então iremos buscar com você!
Luís - Vocês encontraram cobertores no avião?
Nelita - Pegamos alguns e deixamos outros pro pessoal que ficou. Também
trouxemos alguns assentos!
Luís - Maravilha! Estou tendo uma idéia brilhante com estes assentos!
Sílvia - Que idéia, Lu?
Luís - Depois eu conto. Ainda tenho que pensar um pouco!
Mila - De pensar morreu um burro! Hahahahahaha!
Luís - Mila, quando eu fizer sua cama, deixarei alguns galhos pontudos
pra cima, viu? Hahahahaha!
Nelita - Ai, que maldade, Luís! Hahahahahaha!
Nice - Pior é se ela gostar, gente! Hahahahaha!
Mila - Se você deixar algumas pontas estrategicamente postadas, eu
posso até gostar! Hahahahahaha!
Patricinha - Acho melhor irmos buscar o material. Samira, você cuida do
Shompson pra mim?
Samira - Claro, Pat... dê aqui este fofinho!
Patricinha - Fique quietinho, Shompson... mamãe logo estará de volta!
Shompson - Miau! Miau!
Samira - Que fofo!
Luís - Mas Samira, não era eu quem era fofo?
Samira - Você também é fofo, Luís... deixe de ciúme!
Luís - Obrigado, Samira!
Nelita - Vamos lá, meninas, já que Samira vai ficar aqui com o "chefe"!
Hahahahaha!
Samira - Vou cuidar do chefinho e do Shompson com muito carinho!
Nelita - Não exagere, Samira... basta não deixá-lo fazer besteira!
Hahahahaha!
Luís - Mamãe vai bem, né, Nelita?
Nelita - Eu já respondi essa perguntinha, "meu rei"! Hahahahaha!
Samira- Deixe comigo, Nelita! Hahahahaha!
Nice - Acho melhor irmos buscar o material!
Nelita - Pois é! Vamos, meninas!
E assim, Nelita, Mila, Patricinha, Sílvia e Nice saíram. Duas horas
depois estavam de volta, carregadas de galhos e palhas. Luís escolheu
aqueles que serviriam de pés para as camas e deixou tudo num canto...
Luís - Amanhã, com o facão, eu ajeito estes galhos!
Nelita - E nos ensina como amarrá-los e fazer as camas!
Nice - É mesmo, Luís!
Luís - Nelita, por favor, coloque o material restante mais lá no fundo
da caverna!
Nelita - Tá bem! Farei isto agora!
Sílvia - E como forraremos as camas?
Samira - Ora, Sílvia... com os cobertores que trouxemos!
Luís - E seria de bom alvitre que dormíssemos de roupa!
Mila - Eu também acho!
Nelita - Já são quase cinco horas da tarde! Que tal se tomássemos um
banho?
Samira - Acho uma boa!
Luís - Só se for de água quente... o rio deve estar frio pra cacete!
Nelita - Larga de ser frouxo, homem! O sol ainda não se escondeu,
portanto, a água do rio deve estar quentinha!
Luís - Vão vocês! Eu vou tomar meu banho lá embaixo!
Sílvia - Um banho quentinho viria a calhar!
Patricinha - Também acho!
Nelita - Está bem! Vamos descer e tomar logo esse banho! Vou pegar as
malas e mochilas de vocês!
Samira - Vocês trouxeram sabonete e toalha?
Luís - Eu não... mas uso a de vocês! Hahahahaha!
Samira - Eu lhe empresto as minhas coisas, fofo!
Luís - Eu sabia que você tinha uma boa alma, Samira!
Samira - Às vezes, Luís! Hahahahaha!
Sílvia - Se você quiser, Lu, eu empresto!
Nelita - Eu também trouxe e posso emprestar!
Luís - Obrigado, meninas! Vocês são uns amores!
Nelita - Vou pegar nossas coisas!
Nelita saiu e, após três idas e vindas, trouxe as malas e mochilas da
turma...
Nelita - Aqui estão nossas coisas!
Nelita entregou a cada um sua mala. Todos pegaram roupas limpas. Quem
tinha toalha e sabonete, pegou, quem não tinha, foi na "ponga"...
Nelita - Vamos lá, gente!
Luís - Acho bom a gente ir junto à parede, para conhecer o caminho!
Nelita - Ok! Vamos!
Em fila indiana, guiados por Nelita, eles andaram alguns metros no
plano, depois iniciaram a descida, sempre juntos à parede da caverna.
A descida até a lagoa que havia no fundo da caverna era tranqüila e
dava para todos se guiarem pela parede. Eles desceram a rampa e logo
estavam na beira da água. Tiraram as roupas e Nelita as colocou sobre
uma grande pedra, juntamente com as toalhas, separando-as. os sabonetes
foram deixados num cantinho, à margem da lagoa. As roupas que usavam
foram colocadas por Nelita numa outra pedra. Tendo Luís como "boi de
piranha", eles entraram na lagoa. A água era morna e soprava uma
brisa suave, mas ninguém sentia frio...
Luís - Isto aqui não é uma lagoa... tem correnteza!
Nelita - Ela deve passar por todas as cavernas!
Luís - Isto mesmo! Convém que não se afastem muito da margem. Não
sabemos a profundidade da lagoa!
Sílvia - Mas isto é fácil de saber... é só mergulhar e ver! Hahahahaha!
Luís - Boa idéia, Sílvia. Farei isto agora mesmo!
Samira - Tenha cuidado, fofo!
Luís - Não se preocupem! Eu nado muito bem!
Nelita - Eu sei... mas você já tá velho! Hahahahaha!
Luís - A mãezinha está bem, né? Hahahahha!
Nelita - Melhor do que nós... pelo menos não está nessa novelinha!
Hahahahaha!
Todos - Hahahahahaha! Hahahahaha!
Luís - Engraçadinha!
Nelita - Obrigada!
Luís - É melhor eu verificar a profundidade deste rio!
Dizendo isto, Luís mergulhou. Depois de alguns segundos estava de
volta...
Luís (Tomando ar) - Ufa! Cansei!
Nelita - Eu não disse que você já está velho? Hahahahaha!
Mila - E aí, Luís... é muito fundo?
Luís - Não! No máximo, lá no meio, tem dois metros de profundidade!
Vocês podem entrar até a água ficar em suas cinturas!
Samira - E a correnteza?
Luís - Não tem perigo... é fraquinha!
Assim as meninas ficaram tranqüilas e puderam tomar um banho com maior
esmero e até lavar os cabelos... e calcinhas. Meia hora depois de muita
folia, risos e brincadeiras, deram o banho por terminado. Após vestirem
roupas limpas, pegaram suas coisas e subiram. Na entrada da caverna
sentaram-se em algumas pedras para conversar um pouco, secarem os
cabelos e esperarem os demais...
Nelita - O restante do povo está no rio!
Luís - Então vamos até lá!
_ * _
A turma que ficara limpando o terreno onde fariam as cabanas acabara
o serviço e descansava sentada sob a sombra de algumas árvores. Logo o
povo que foi buscar o material para construírem as cabanas estava de
volta, trazendo pedaços de troncos, galhos, cipós, bambus, palhas de
coqueiro e palmeira. Deixando esse material encostado num barranco,
sentaram-se para descansar um pouco. Logo chegava Nelita puxando seu
trenzinho ladeira abaixo para encontrar a turma que conversava muito
animada...
Luís - Olá, pessoal!
Evangel - Ih, o corno velho apareceu!
Rebeca - Pare com isso, Evangel!
Luís - Não ligue, não, Beca! Isto é inveja desta paca gorda!
Nelita - Vamos ao que interessa, gente!
Luís - Pois é, pessoal. A situação é a seguinte: temos cinco cavernas
limpas e prontas a serem habitadas. Quem quiser, estão à disposição,
embora eu ache que, de qualquer jeito, esta noite teremos que dormir
por lá. Além de ser mais seguro, estaremos todos juntos!
Malu - Eu estou de acordo!
Nelita - As cavernas estão limpinhas, gente!
Margô - Acho que devemos fazer uma fogueira na frente das cavernas para
afugentar os animais notívagos!
Antonio José - Você tem razão, Margô!
Pat Vision - Além do mais, nossas malas estão lá mesmo!
Rebeca - Mas amanhã vamos fazer as cabanas, né, gente?
Evangel - Claro, Rebecolina!
Marlene - Espero que ninguém ronque!
Luís - Você não quer que atrapalhem seu ronco, né, Marlene? Hahahaha!
Ezequiel - Ela não quer concorrência! Hahahahaha!
Evangel - Aí é querer demais, né, Dona Marlene? Hahahahaha!
Luís - Então está decidido, né, pessoal?
Aline - Acho que, no momento, seja a melhor solução!
Renato - É isso aí, gente!
Nazaré - Então vamos lá, gente... já está escurecendo!
Carmem - Não seria bom tomarmos um banho?
Evangel - Nesse rio frio? Tô fora!
Ezequiel - Dorme sujo! Hahahahaha!
Nelita - Calma, gente! No fundo das cavernas passa um rio de águas
mornas!
Evangel - Tô dentro!
Ezequiel - Se for fundo eu nem entro!
Sílvia - Não esquente, Ezequiel... é raso, mas, de qualquer forma, você
fica no raso! Hahahahahaha!
Ezequiel - Se tenho medo de viajar de navio, também tenho medo de rio!
Nice - Ih, rimou! Hahahahaha!
Malu - Então vamos. Logo estará escuro!
Margô - Vamos dividir o pessoal!
Malu - Quantas cavernas estão limpas?
Nelita - São cinco e estão bem limpinhas!
Luís - Em cada uma deve ficar, no mínimo, uma vidente!
Evangel - Quantos somos, Malu?
Malu - Somos trinta e uma pessoas: doze homens e dezenove mulheres,
sendo cinco videntes!
Luís - Como temos cinco cavernas em condições de nos abrigar, vamos
dividir o pessoal da seguinte forma: Malu, Marilza, Antonio José,
Evangel, Renato e Wil; Margô, Rebeca, Audaí, Madréa, Danilo e Marcão;
Nazaré, Carmem, Lucélia, Abílio, Francisco Luiz e Joaquim Cardoso;
Nelita, eu, Marlene, Sílvia, Samira, Mila e Patricinha; Pat Vision,
Aline, Ana Lúcia de Jampa, Nice, Ezequiel e Tiago Cocci!
Nazaré - Acho que assim ficou bem, meu rei!
Marlene - E como vamos dormir?
Luís - No chão, claro, Marlene!
Marlene - E minha coluna?
Luís - Alguns de vocês trouxeram assentos e cobertores do avião. Estes
servirão de cama... por esta noite, pelo menos, Marlene!
Marlene - Ainda bem!
Luís - Margô, você arranja alguns assentos e faz uma cama para Beca, tá?
Margô - Deixe comigo! Vamos, Beca!
Malu - Então vamos, gente!
Pat Vision - Cada uma pega seu trenzinho e... piuiiiii, piuiiii!
Luís - Margô leva Beca e também seu trenzinho!
Margô - Piuiiii! Piuiii!
Formaram-se os trenzinhos e eles subiram o barranco até as cavernas...
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